A deputada Gardênia Castelo (PSDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa para congratular a Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais (Abruem) pela realização do 52º Fórum Nacional de Reitores, que conta com a participação de reitores e representantes das 40 universidades estaduais e municipais brasileiras.
“O Maranhão está de parabéns por sediar um evento dessa importância, já que nele haverá oportunidade dos gestores da educação superior trocarem informações, experiências e poderem aprofundar temas prioritários na agenda do ensino superior brasileiro, orientando as ações de interesse comum que indiquem o melhor caminho para as instituições de ensino público”, disse Gardênia Castelo.
De acordo com a parlamentar, este ano o tema central do fórum trata dos desafios das universidades brasileiras na formação pessoal para atuar nos novos campos de desenvolvimento do país. O tema foi escolhido para responder as carências de mão-de-obra nas áreas de tecnologia da informação e comunicação do pré-sal, petróleo, gás e da mineração, setores que estão em processo de expansão e que registram a baixa oferta de mão-de-obra especializada dentro do nosso país.
Gardênia Castelo ressaltou que outros temas importantes também serão debatidos como: mercado de trabalho, a qualificação superior e a participação do Maranhão nesse contexto.
A parlamentar comentou ainda que em diversos setores da atividade econômica existem vagas, mas não existem profissionais capacitados para ocupá-las, e é justamente a universidade brasileira que tem que responder por este tipo de demanda.
A parlamentar citou que outro assunto que vai ocupar parte dos debates da Associação de Reitores é a limitação de recursos financeiros enfrentados por estas instituições, que estão passando por uma situação de gravidade.
Ela recordou que, por conta deste panorama, uma das razões pelas quais foi formada no Congresso Nacional, com o apoio da Abruem, a “Frente Parlamentar Mista em Defesa das Universidades Estaduais e Municipais Públicas do Brasil”, que busca justamente o fortalecimento das instituições e o aprimoramento da legislação referente a esse tema, já que é cada vez mais difícil a situação dos Estados e municípios.
“Essas instituições já exibem números expressivos dentro da matriz no ensino superior brasileiro, esses números são muitos interessantes. Ao todo, o país conta com 181 unidades, o que representa 63,7% das instituições públicas do ensino superior, ou seja, essas universidades estaduais e municipais já representaram 63,7% das instituições públicas do ensino superior”, ressaltou a parlamentar.
De acordo com a pesquisa do Instituto Nacional de estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), comparando a evolução do ensino de graduação do país nos últimos 31 anos, foi constatado que o crescimento da matricula estadual e municipal foi 321%. O que significa uma oferta quantitativa de mais de meio milhão de vagas, 584.682 vagas.
Gardênia Castelo acrescentou que essas instituições estaduais e municipais alcançaram a marca de 192% de evolução no número de concluintes, elevando de 36.595 em 1980 para 107.208 em 2011, números que representam 10,54% do total de concluintes no ensino superior de um modo geral, incluindo as universidades particulares e quase 50% dos concluintes em instituições públicas.
“Esses dados mostram a grande presença nas instituições de ensino superiores públicas estaduais e municipais na composição do ensino superior brasileiro, sobretudo no processo de interiorização dessa modalidade de educação e por via de consequência do conhecimento, valendo dizer que essas instituições terão importância capital no processo de inclusão social da educação superior do povo brasileiro e que, portanto, precisam sim receber mais apoio do Governo Federal, sendo, portanto, justíssima a formação nessa Frente Parlamentar em defesa dessas instituições de ensino universitárias estaduais e municipais”, explicou a parlamentar.
