O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado César Pires (DEM), afirmou, na manhã desta terça-feira (23), a disposição do governo para resolver o impasse do Estatuto do Educador. “Nesse momento o Governo do Estado está reunido com o Sinproesemma para tentar encontrar as soluções necessárias; e o Fábio Gondim [secretário de Gestão e Planejamento] me disse, há uns cinco minutos, que nada vai ser mexido, apenas estamos encontrando uma alternativa de ajustar as condições financeiras do Estado ao Estatuto”, garantiu.
A informação do líder foi prestada momentos antes de uma reunião entre deputados e professores, no auditório Fernando Falcão da Assembléia Legislativa. Na tribuna, César Pires fez uma defesa categórica da conduta do Governo do Estado e rechaçou as críticas da oposição. Ele disse que o Estado realmente tem uma dívida histórica com os professores, cujo embrião deste impasse foi a política salarial do então governo Jackson Lago, apelidada de “Lei do Cão”.
“Situações que foram negadas, como bem disse aqui o deputado Rubens Júnior: ´a dívida histórica que o governo tem´. Talvez do governo que ele era presente naqueles momentos difíceis de professor. Aquilo não foi dado nada: não foi feito concurso, não foi dado promoção, não foi dado progressão e a greve de 90 dias, que eu assisti, era também com o mesmo sindicato, com mesma categoria de professores”, rememorou César Pires.
Na visão do líder do governo, “é muito fácil, às vezes, para um político de oposição alardear, quando aqueles mesmos momentos, na famigerada ´Lei do Cão´, a minha voz estava aqui a favor dos professores, e aqueles que fazem hoje levantamento, que gritam, alardeiam a vontade de construção do Estatuto, posicionaram contra a minha categoria aqui presente”, disse, ainda em alusão à situação criada pelo governo anterior e difícil de ser retroagida.
“Portanto, deputado líder da oposição, fique certo que aquilo que foi negado será reconstruído agora com os professores. O que nós temos dificuldade é de pagar uma dívida histórica das progressões”, acrescentou.
MARCAS
Durante o pronunciamento, César Pires destacou que ao longo de sua trajetória pública sempre esteve do lado dos professores e assim continuará. “Ficar solidário com o professor não me custa nada, porque se há alguém nesta Casa que um dia colaborou com o professor, fui eu”, disse, trazendo à tona uma grande marca de sua gestão na Uema (Universidade Estadual do Maranhão), em benefício dos professores: a oportunidade de colar o 3º grau.
“Tive a felicidade também de fazer concurso público, como secretário, e mais ainda: fazer cerca de 10 mil promoções aos professores aqui presentes. Nunca a minha voz e nem o meu voto um dia votou contra professor e nem vai votar”, completou.
César Pires lembrou ainda do Estatuto de 1994, quando Lucimar Góes era a presidente do Sinproesemma (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão) e ele ocupava o cargo de pró-reitor de Graduação da Uema e ajudou a construir o Estatuto em vigência hoje. “E agora Deus há de me dar a felicidade de construir esse novo Estatuto, atendendo aos apelos e os reclames dos professores aqui presentes”, declarou.
GREVE
Ao concluir seu pronunciamento, César Pires classificou como legítimo o direito de greve dos professores, mas fez um apelo para que a categoria pondere sobre o movimento paredista, pois o governo também trabalha com limites, incluindo leis federais. “Posso garantir a vocês que, se estatuto tem, foi no final do governo Roseana. Se progressão tem, vai ser agora. Se promoção teve, foi comigo. Capacitação de professores foi também no nosso governo, e agora também a renovação do estatuto será agora”, finalizou, anunciando que sairia do plenário para reunir-se com mais 200 professores que aguardavam uma comissão de deputados no auditório Fernando Falcão.
