Os números de homicídios divulgados pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (SES) e pelo Jornal Pequeno repercutiram na Assembleia Legislativa, na tarde desta segunda-feira (06). Na tribuna, o deputado Bira do Pindaré (PT) apresentou os números registrados no mês de abril.
O Jornal Pequeno registrou 98 homicídios na Ilha de São Luís, já a SES registrou 76 homicídios. Segundo o JP, houve um crescimento, em relação ao mesmo período do ano passado, de 32% no número de homicídios na Ilha de São Luís. Segundo os números oficiais, o crescimento foi de 21%.
Em comparação com a cidade de São Paulo, proporcionalmente, no mês de abril, a ilha de São Luís tem dez vezes mais homicídios. São Paulo tem hoje um homicídio para cada 100 mil habitantes. Aqui na Ilha de São Luís temos 10 homicídios para cada 100 mil habitantes, ou seja, a ilha tem 11 vezes menos habitantes do que a capital paulista e temos 10 vezes mais homicídios em termos proporcionais.
“A situação é de absoluta falência do Sistema de Segurança em nosso estado e não adianta colocar o helicóptero circulando nas noites de São Luís porque não está resolvendo o problema. Da mesma forma é o sistema de videomonitoramento, as câmeras compradas a peso de ouro, R$ 19 milhões. Mas o que elas resolveram sobre a situação da Segurança Pública na cidade de São Luís? Até agora nada”, questionou Bira.
O parlamentar sugeriu o investimento na pessoa humana, no profissional da segurança pública, no corpo de policiais. As 100 câmeras foram compradas a peso de ouro por R$ 19 milhões, cada câmera custou R$ 190 mil, sendo a câmera mais cara do Brasil. A minuta do contrato de manutenção dessas câmeras com vigência de 12 meses é no valor de R$ 12 milhões.
Bira destacou a importância das câmeras de videomonitoramento como um sistema moderno e atual utilizado no mundo inteiro. O petista questionou a omissão da governadora, que não se pronuncia e não explica o crescimento desenfreado do número de homicídios na ilha de São Luís. Ele lembrou a promessa da governadora que afirmou que o maranhense poderia dormir de portas abertas no seu governo.
“Em qualquer lugar do país, a autoridade do estado se manifesta, mas aqui a governadora do Maranhão é um silêncio sepulcral, parece que não há crescimento da violência, parece que nós não estamos neste estado onde os indicadores de violência são indicadores de guerra civil, parece que não está acontecendo nada, parece que não é com ela o assunto”, declarou.
