Demora do governo em apresentar Estatuto do Educador é criticada na AL

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Lenno Edroaldo / Agência Assembleia
07/05/2013 12h50

 

A demora do governo em apresentar à Assembleia Legislativa um projeto de lei que defina o novo Estatuto do Educador foi novamente criticada por vários deputados estaduais. A proposta é a principal reivindicação da categoria, que deflagrou um movimento grevista há três semanas, criticando as alterações feitas no texto que anteriormente teria sido negociado entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Maranhão (Sinproesemma).

 

O primeiro a criticar a demora foi o líder da oposição, Rubens Pereira Júnior (PCdoB). “A greve atrapalha o aluno, o professor, os pais, o Estado. O Sindicato não quer, os deputados não querem, ninguém quer a greve, apesar de ser um direito legítimo a ser utilizado em último caso pela categoria, como é o caso presente a partir das deliberações das reuniões do Sindicato, inclusive em todas as Assembleias. Venho fazer este apelo para que o governo avance nas negociações”, argumentou.

 

O parlamentar também criticou a não manifestação até o momento da chefe do Executivo em relação à greve. “Ou este não é um assunto que mereça intervenção direta dela? Da vez passada a governadora foi se manifestar da greve depois de 70 dias. Depois que ela se manifestou dando a coordenada do governo e uma semana depois a greve acabou. E esse é o papel da governadora”.

 

Os argumentos da liderança foram ratificados pelos deputados Bira do Pindaré (PT) e Othelino Neto (PPS). O último disse reconhecer o esforço de negociação entre as duas partes, mas criticou o fato do secretário estadual de Gestão e Previdência, Fábio Gondim, ter tirado férias em pleno processo de negociação com o sindicato dos professores.

 

“Passará a ser interlocutor o secretário de Planejamento [João Bernardo Bringel], que eu não conheço pessoalmente, mas na audiência pública, por exemplo, não esteve aqui na Assembleia, e não mandou representante. Mas ele não é insubstituível, poderia ter encaminhado um representante. Se a atenção do secretário de planejamento com a negociação for a mesma que ele teve com a audiência pública, a greve vai se estender por muito tempo, o que é ruim para todos nós”, finalizou.

 


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