Bira destaca relatório do MP que aponta 349 homicídios sem conclusão de inquéritos

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Assecom / Bira do Pindaré
07/05/2013 15h30

 

O clima de insegurança e impunidade que se espalha pela ilha de São Luís, onde, proporcionalmente, foram assassinadas 10 vezes mais pessoas que a cidade de São Paulo, no mês de abril, voltou a ser pautado na Assembleia Legislativa. Na manhã desta terça-feira (7), o deputado estadual Bira do Pindaré (PT) apresentou um relatório do Ministério Público Estadual das Inspeções nas delegacias da capital.

 

O documento exibido por Bira foi elaborado pelo promotor José Cláudio Cabral Marques aponta que entre 2010 e 2012 foram contabilizados 349 homicídios, sem que os Inquéritos fossem concluídos.

 

Bira garantiu que encaminhará o relatório, oficialmente, à presidente da Comissão de Direitos Humanos da Casa Legislativa. Ele ressaltou que os números são um reflexo da impunidade e fortalecem as ações dos criminosos.  No total, 349 vidas foram ceifadas e os autores dos crimes não foram encontrados, muito menos punidos.

 

“Nos últimos 03 anos, foram 349 homicídios, sem que os inquéritos fossem concluídos; 349 homicídios que ficaram na impunidade; 349 homicídios que não se sabe quem matou ou se sabe não aconteceu nada com o autor do crime. A impunidade seguramente é um dos fatores que determina o crescimento dessa criminalidade”, destacou Bira.

 

O parlamentar voltou a cobrar da governadora um posicionamento, uma atitude, para que se reverta este quadro de barbaridade que dominou a ilha de São Luís. “Eu mais uma vez apelo à governadora do Maranhão para que ela saia do seu casulo e assuma o comando do Estado, que ela conclame as instituições e a sociedade para enfrentar esse quadro porque, senão, nós não saberemos mais o que será de nós, aliás, essa incerteza já existe”, protestou.       

 

O deputado Bira apresentou o contrato de manutenção das câmeras de videomonitoramento, que custaram R$ 19 milhões para o Estado. O custo da manutenção é de R$ 12 milhões ao ano que sairão da conta da Policia Militar.  A PM é a ponta de lança da segurança pública tem a responsabilidade do policiamento ostensivo e vai pagar a conta do videomonitoramento.

 

“Vai faltar dinheiro para pagar gasolina das viaturas, para manutenção das viaturas, para diária dos policiais, é do custeio da PM que vai sair à manutenção das câmeras. Ora, será que isso esta certo? Será que a decisão é correta, precarizar a PM que já anda aos trancos e barrancos? Será que não tinha outra fonte de recursos e que contrato é esse, para que serve? Onde fica a valorização dos profissionais?”, questionou Bira.


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