O deputado Max Barros (PMDB) rebateu, na sessão desta terça-feira (14), o discurso do petista Bira do Pindaré, que havia acusado o Governo do Estado de 'roubar' a estrada que liga Coroatá a Vargem Grande. Também falaram do assunto os deputados governistas Tatá Milhomem (PSD) e Magno Bacelar (PV), em apoio às declarações de Barros.
“Vivemos uma situação kafkiana, aquela em que o cara rouba e sai correndo, gritando ‘pega ladrão’, para disfarçar. Isso está acontecendo nesta Casa. O governo, que roubou, e aqueles que fizeram parte do governo que roubou, vêm denunciar onde não tem corrupção. Isso é um absurdo! Talvez para fazer média e tentar conquistar o eleitorado de Coroatá, mas se conquista [o cidadão] com trabalho, fazendo as obras acontecerem, e não com mentiras e inverdades”, garantiu Max Barros .
O deputado, que até recentemente foi secretário de Infraestrutura do Estado, afirmou que procura pautar a atuação dele na Assembleia com questões propositivas. “Aquilo que apurei como irregularidade na secretaria da qual fui secretário eu jamais trouxe para a tribuna, porque eu deixo a cargo dos órgãos de controle, da Corregedoria, do Tribunal de Contas, do Ministério Público. Procuro trazer aqui um diálogo propositivo, mas infelizmente, às vezes, a gente tem que descer mais o nível para fazer o debate. Quem roubou a estrada Coroatá/Vargem Grande foi o governo do qual o deputado Bira fazia parte”, reagiu.
Max Barros revelou que já foi comprovado e está na Corregedoria que quem enganou a população com essa obra foi o governo Jackson Lago, quando anunciou que ia fazer a MA, com todas as pontes de concreto armado. De acordo com o parlamentar, foi contratada a Gautama, mas os esqueletos da ponte estão lá e a Polícia Federal periciou as pontes e constatou que todas elas estão superfaturadas.
“Eu queria até fazer uma isenção, porque nem sempre o governador sabe o que acontece nos bastidores, e eu reputo pessoalmente o doutor Jackson, um homem correto, mas o governo Jackson Lago, do qual o deputado Bira fez parte, pagou R$ 2 milhões a mais pela estrada Coroatá/Vargem Grande. Ele disse que ia fazer a estrada, e nunca fez”, acusou.
LICITAÇÃO
Segundo Max Barros, só quando ele assumiu a Secretaria de Infraestrutura foi que a estrada Coroatá/Vargem foi licitada, a empresa que ganhou fez 21 km, mas do valor do contrato de R$ 19 milhões, recebeu um terço, R$ 6 milhões. “Ela fez o que ela recebeu e como ela não estava cumprindo o contrato corretamente, atrasou a obra, o contrato foi rescindido. Foi feita outra licitação, já tem uma empresa contratada e a estrada vai ser feita. É assim que se trabalha. E se tivermos alguma dúvida vamos criar CPI da estrada Coroatá/Vargem dos últimos 15 anos. Vamos apurar. É fácil, a primeira etapa já está toda apurada pela Polícia Federal, a segunda etapa já está toda apurada pela Corregedoria, é só pedir para [enviarem para] cá, e a terceira o próprio governo mandou e os dados a gente apura. Não tem dúvida nenhuma. Vou propor esta CPI pra gente ver qual foi o governo que roubou”, afirmou.
Em aparte, o deputado Tatá Milhomem disse que havia pedido a Bira do Pindaré a data da contratação das obras da primeira estrada, mas que ele não deu, “porque a data coincide com o governo dele”.
Barros contou que já entregou para a oposição os documentos sobre o caso, da vez anterior, quando foi levado ao plenário pelo deputado Marcelo Tavares (PSB). “Achei que a oposição tinha dado o assunto por encerrado, mas agora vem de novo falar desse mesmo assunto; aí parece que é demagogia, é querer criar um fato onde já estava tudo esclarecido”, disse.
O deputado Magno Bacelar discursou em seguida e também defendeu o governo. O parlamentar voltou a lembrar que toda semana a governadora está inaugurando hospitais no Estado. “A oposição não fez 300 km de estrada durante sete anos que esteve no governo. Só nesse governo, nesse momento que Roseana está governando, nesse novo período, ela vai construir mil quilômetros de MAs”, garantiu.
