Deputado Max Barros propõe CPI para apurar contratos de estrada

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Agência Assembleia
15/05/2013 14h12

Deputado Max Barros propõe CPI para apurar contratos de estrada
Foto original

 

Em resposta a críticas feitas pelo deputado Bira do Pindaré (PT), o deputado Max Barros (PMDB) voltou a rebater, na sessão desta quarta-feira (15), a denúncia de que o atual governo seria responsável por supostas irregularidades na contratação da empresa JNS Canaã para serviços na estrada Coroatá/Vargem Grande.

 

Agora com mais ênfase, Mas Barros voltou a enfatizar que as irregularidades apontadas na tribuna pelo deputado Bira do Pindaré ocorreram na gestão do então governador Jackson Lago (PDT).

 

Para esclarecer de forma definitiva a questão, Max Barros anunciou que está elaborando a proposta de abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar Inquérito), para apurar os três contratos da estrada Coroatá/Vargem Grande: o contrato celebrado com a Gautama, o contrato feito com a firma Costa e o contrato firmado com a JNS Canaã.

 

“Não sou afeito a CPI, mas acho que esta será a forma mais fácil de esclarecer onde houve desvios de recursos, de uma maneira bastante simples”, afirmou Max Barros.

 

Ele frisou ainda que, nesta questão da estrada Coroatá/Vargem Grande, de fato houve uma concorrência pública, a empresa vencedora apresentou toda a documentação necessária, construiu 21 quilômetros da estrada e recebeu um terço do valor do contrato.

 

“Como não cumpriu o contrato, o contrato foi rescindido, o secretário era o doutor Fernando Leal. Então, no governo Jackson foi contratada uma empresa e o governo que o Bira fez parte desviou dois milhões. E isto está comprovado na Corregedoria. Vou trazer os documentos que comprovam que o governo que Bira fez parte desviou dois milhões, sem falar das pontes que ficaram lá só os esqueletos”, afirmou Max Barros.

 

Ele voltou a assinalar que na sua gestão à frente da Sinfra a empresa só recebeu pelo que efetivamente executou, e lamentou que o nome do ex-governador Jackson Lago esteja sendo citado para tentar dar crédito à investida da oposição contra o atual governo.

 

“Eu fiz uma ressalva ao doutor Jackson Lago, que eu o conhecia e que era um cidadão correto, era uma pessoa séria, eu sempre reputei ele dessa forma. Eu ataquei foi quem veio aqui e faz críticas infundadas”, acrescentou Max Barros, lembrando que este assunto já havia sido dado como encerrado pela própria oposição.

 

De acordo com Max Barros, foi na gestão de Jackson Lago e também na administração do ex-governador José Reinaldo Tavares (PSB) que houve pagamentos por serviços não executados na estrada citada por Bira do Pindaré. Segundo Barros, um dos contratos foi feito, inclusive, com a Gautama, empresa investigada pela Polícia Federal, na Operação Navalha.

 

 

APOIO

 

Além de Max Barros, também os deputados Magno Bacelar (PV), Manoel Ribeiro (PTB), Hélio Soares (PP) e Carlos Alberto Milhomem (PSD) reagiram, na sessão desta quarta-feira (15), à denúncia da oposição de que o atual governo seria responsável por supostas irregularidades na contratação da empresa JNS Canaã para serviços na estrada Coroatá/Vargem Grande.

 

O deputado Magno Bacelar manifestou apoio à ideia de Max Barros lutar por uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar os contratos firmados para a construção da estrada que liga Vargem Grande a Coroatá. “Eu quero assinar esse requerimento e vamos botar para funcionar essa CPI. Eu quero ser um dos primeiros a assinar”, afirmou Magno Bacelar, fazendo em seguida uma enfática defesa do governo de Roseana Sarney (PMDB).

 

“Com a nossa governadora”, acrescentou Magno Bacelar, “o Estado é zeloso, o Estado é transparente, o Estado é competente, o Estado é eficiente. E o Estado vem fazendo com muito zelo tudo de bom com a coisa pública”.

 

HOSPITAIS

 

O deputado Manoel Ribeiro rebateu as críticas da oposição, manifestando-se solidário a Max Barros. “Vejo aqui a reação do deputado Max Barros, que é um homem sério. E nós concordamos. O deputado Ricardo Murad também é um homem sério, e está fazendo uma boa administração”, afirmou Manoel Ribeiro que o atual governo não paga por obras que não foram feitas.

 

“Há hospitais que foram feitos, mas não foram acabados, porque eu conheço o de Apicum-Açu, Bacuri e Serrano que estão lá suspensos, as salas estão feitas, mas está faltando  piso e pintura, mas eu duvido que eles receberam 100% da obra, não receberam”, frisou.

 

O deputado Hélio Soares manifestou apoio aos esclarecimentos prestados pelo deputado Max Barros: “Todos nós sabemos que pela Secretaria de Infraestrutura várias pessoas super-responsáveis passaram por lá, o Max, depois o Fernando Leal, diga-se de passagem, que até já faleceu. Então não tenho a menor dúvida de que a transparência ali naquela Secretaria reinou nesse período. Eu não tenho a menor dúvida da administração do Max Barros lá tanto quanto o Fernando Leal, que era um homem probo, que Deus o tenha em bom lugar. Então, não adianta as pessoas aqui, por fazer oposição, falarem coisas inoportunas e inadequadas”, declarou Hélio Soares.

 

O deputado Carlos Alberto Milhomem afirmou que a oposição está tentando tirar proveito da apuração feita em relação à firma L Costa, condenada após comprovação de desvio de R$ 2 milhões.

 

“Isso não se diz. O que não se diz é que as fontes ali existentes, os esqueletos, foram em administrações anteriores. Uma famigerada Gautama, que trouxe infelicidade para vários cidadãos deste Estado, deveria ser olhada. Então, em relação à construção dos hospitais, os procedimentos corretos foram tomados agora pelo secretário de Saúde, Ricardo Murad, como foram tomados pelos secretários da Sinfra anteriormente. Então não tem nada a discutir. O que o deputado do PT, que fez parte do governo, busca é a notoriedade falsa, uma falsa notoriedade”, disparou Milhomem.


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