Conferência da Unale discute desafios para o país manter o desenvolvimento sustentável

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Agência Assembleia / com informações do site da Unale
22/05/2013 14h44

Conferência da Unale discute desafios para o país manter o desenvolvimento sustentável
Foto original

 

O Brasil tem um grande desafio para suprir a demanda de alimentos e manter o desenvolvimento sustentável nos próximos dez anos. Nesse período, será necessário aumentar em 70% a produção de alimentos para atender a demanda, segundo afirmou, nesta quarta-feira (22), o presidente da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Odacir Klein, na palestra “Sustentabilidade, agroenergia e alimentos”, inaugural da XVII Conferência Nacional de Legisladores e Legislativos Estaduais (CNLE). Promovida pela União Nacional de Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) e a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

 

A Conferência se estende até a próxima sexta-feira (24), no Centro de Convenções de Pernambuco. Do Maranhão, participam do evento os deputados Arnaldo Melo (PMDB), Carlinhos Florêncio (PHS), Rogério Cafeteira (PMN), Zé Carlos (PT) e Marcos Caldas (PRB).

 

Segundo Klein, a sustentabilidade deve ser entendida como o desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente “sem comprometer as gerações futuras de sustentar as suas próprias necessidades”. Entre os desafios, citou o aumento de consumo de combustível nos grandes centros urbanos, o crescimento populacional e a consequente demanda por alimentos e proteínas.

 

“A população urbana cresce, em média, a taxa de 9.000 pessoas por hora nessas áreas” – disse Klein, citando dados da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o presidente da Ubrabio, cerca de 80% do combustível utilizado nos grandes centros têm como principais fontes o óleo diesel (49%) e a gasolina (30%). Já o consumo de biodiesel totaliza 2 bilhões e 800 milhões de litros/ano, sendo que o óleo de soja responde por 73% do total e a gordura bovina 19%.

 

Klein explicou que, quanto maior o consumo de óleo de soja, maior a produção de farelo, o que, por sua vez, aumenta a disponibilidade de proteína animal no mercado, com o crescimento da oferta de carnes bovina, suína e de frangos. Nesse contexto, aumenta a necessidade do crescimento da produção agrícola, que passa a depender de maior emprego de tecnologia.

 

Como exemplo, citou que, no período de l976 a 2011, a produção agrícola brasileira teve aumento de 228%. “Isso só foi possível porque o país elevou, sobremaneira, a produtividade, que, por sua vez, dependeu de grandes avanços da pesquisa”, disse. De acordo com Klein, são necessários 13 anos para se lançar uma nova variedade de semente no mercado, cujo principal ganho, na atualidade, é a redução dos problemas ambientais, com a redução de emissão de gás carbônico (CO2) na atmosfera.

 

O presidente da Ubrabio disse que, em 1963, um agricultor brasileiro obtinha a produção suficiente para alimentar dez pessoas. A estimativa é de que, em 2023, esse mesmo produtor alcance produção capaz de alimentar 30 pessoas utilizando-se da mesma área plantada. Mais importante, para alcançar esse resultado vai evitar o uso de “145 mil toneladas de defensivos agrícolas, que permitirá a redução de 3.7 milhões de gás carbônico lançado na atmosfera”, afirmou.


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