XVII Conferência da Unale encerra nesta sexta-feira, em Recife

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Agência Assembleia / com informações do site da Unale
24/05/2013 10h34

XVII Conferência da Unale encerra nesta sexta-feira, em Recife
Foto original

 

A programação da XVII Conferência da Unale, realizada no Centro de Convenções de Pernambuco, na capital Recife, encerra nesta sexta-feira (24). Durante os quatro dias do evento, o Maranhão foi representado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Arnaldo Melo (PMDB), e pelos deputados Carlinhos Florêncio (PHS), Rogério Cafeteira (PMN), Zé Carlos (PT) e Marcos Caldas (PRB).

 

Sob o tema “Os Desafios para o Futuro que Queremos”, a XVII Conferência da Unale reuniu, além de representantes das Assembleias Legislativas dos 27 estados da federação, delegações internacionais de vários países, com vistas à realização de 14 eventos simultâneos de vários segmentos relacionais aos legislativos estaduais, concretizando, assim, o maior encontro de parlamentares da América do Sul.

 

Dentre os temas em debate, foi aguardada com expectativa foi a palestra inaugural “Sustentabilidade, Agroenergia e Alimentos”, ministrada pelo presidente da União Brasileira de Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Odacir Klein. Durante a exposição, Klein destacou que o Brasil tem como grande desafio, para os próximos dez anos, suprir a demanda de alimentos e manter o desenvolvimento sustentável.  E afirmou que, nesse período, será necessário aumentar em 70% a produção de alimentos para atender a demanda.

 

O Pacto Federativo também estava entre os temas mais atraentes da Conferência. Em palestra proferida na quinta-feira (23), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, defendeu um novo pacto político no país, ao falar sobre “Equilíbrio federativo e desenvolvimento sustentável”. Na avaliação de Eduardo Campos, esse novo acordo deve levar em conta o estabelecimento de “nova prática política”, que contemple a existência de um projeto com programa bem definido, a participação popular e uma gestão baseada na eficiência.

 

EVOLUÇÃO

 

O governador de Pernambuco fez uma análise da situação econômica e política do Brasil a partir da década de l980, desde a transição democrática alcançada com a Constituinte até a atual crise que afeta a todos os países. Em sua opinião, as décadas de crise dos anos 1980 e 1990 registraram avanços no controle dos gastos de estados e municípios, através da Lei de Responsabilidade, que foi uma resposta ao déficit nos serviços públicos, assim como a Lei de Assistência Social (Loas) representou avanços para grande  contingente de brasileiros.

 

Os bons resultados alcançados a partir dos anos 2000 foram, em sua opinião, respostas brasileiras à crise que vem afetando a economia mundial. Para ele, apostar no mercado interno foi uma decisão que se mostrou positiva e demonstrou a disposição do governo de enfrentar a crise. Campos disse, no entanto, que o atual momento requer a melhoria da produtividade para que o país continue crescendo, o que vai exigir cada vez mais investimento em pesquisas, destinado à formação de pessoas capazes de enfrentar dificuldades no futuro.

 

Eduardo Campos defendeu, ainda, uma ampla reforma política “que unifique as eleições para despolitizar as eleições brasileiras”, procurando sair das “birras” para colocar “os interesses do povo” como prioridade. “As brigas políticas não servem mais à Nação” – afirmou para, em seguida, acrescentar a necessidade de reforma tributária. Em sua opinião, esta reforma só virá com “novo pacto federativo que desconcentre as receitas”.


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