Graça Paz repudia atos de vandalismo durante as manifestações

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Nice Moraes / Agência Assembleia
02/07/2013 13h12

Graça Paz repudia atos de vandalismo durante as manifestações
Foto original

 

A deputada Graça Paz (sem partido) repercutiu na sessão desta terça-feira (2), as manifestações que estão ocorrendo no país em prol de maior transparência na gestão dos recursos públicos em setores prioritários, a exemplo da saúde, educação, reforma política, mobilidade urbana, trabalho e reforma agrária.

 

Ao enfatizar a ação dos vândalos que se infiltram nas manifestações, Graça Paz disse que todos são unânimes em repudiar os arruaceiros que se juntam às passeatas, de modo violento, com o intuito de tirar o brilho daqueles que clamam por uma mudança justa e necessária, visando mudar a realidade de sua cidade.

 

“Os vândalos não têm o direito de colocar em risco o valor das passeatas. Eles quebram lojas, destroem o patrimônio público e privado em todo país, causam prejuízos incalculáveis ao comércio, à indústria e a outros segmentos econômicos e obrigam a polícia a agir com violência”, salientou Graça Paz.

 

A parlamentar destacou o artigo do colunista da “Folha de S.Paulo”, Moisés Naim, onde afirma que a principal surpresa das manifestações é que tenham acontecido e estejam acontecendo em países bem sucedidos, a exemplo da Tunísia, Chile e Turquia e, agora, o Brasil.

 

“O que tem em comum os protestos de ruas em países tão diferentes? Várias coisas e todas surpreendentes”, afirmou o colunista, destacando alguns pontos: pequenos incidentes que se tornam grandes. Em todos os casos, os protestos começaram com acontecimentos localizados que, inesperadamente se transformaram em movimento nacional.

 

Na Tunísia, destacou o colunista, tudo começou quando um vendedor de frutas farto dos abusos das autoridades se imolou, ateando fogo às roupas. No Chile, foram estudantes protestando contra o alto preço das universidades. Na Turquia foi a ameaça, pelo primeiro-ministro de ocupar parte de um parque localizado no centro de uma cidade para reconstruir um quartel. E no Brasil, as tarifas de ônibus.

 

“Essas queixas específicas encontraram eco na população e se transformaram em protesto nacional sobre problemas maiores: corrupção, desigualdade, inflação ou a falta de políticas públicas capazes de desenvolver a infraestrutura fundamental para o desenvolvimento do país”, salientou Moisés Naim, frisando ainda que nenhum dos governos de países onde surgiram os protestos foi capaz de antecipá-los, entender sua natureza ou de estar preparado para enfrentá-los eficazmente.

 

Graça Paz disse que o grito estava preso na garganta desses manifestantes, clamando por mais saúde, infraestrutura e educação. “Mas o que nós condenamos é o vandalismo, o quebra-quebra, a destruição de bens públicos. Nós não podemos deixar de agradecer a todas essas pessoas que pacificamente vão para as ruas, deixando seus afazeres, correndo todo tipo de risco para tentar melhorar a vida, não somente delas e de suas famílias, mas de toda sociedade brasileira que irá usufruir de todos os ganhos advindos dessas reivindicações”.

 

Ao finalizar, Graça Paz disse que os poderes constituídos precisam mesmo dar uma resposta. Precisam trabalhar em conjunto para que situações como essas não voltem a acontecer em no país.

 

Em aparte o deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), disse que o vandalismo que está ocorrendo nas manifestações, de certa forma, se justifica, pois o povo está precisando de saúde, educação, segurança, justiça que funcione e que os mensaleiros paguem pelos crimes que cometeram.

 

“Quem está reclamando lá na rua do transporte é porque o que existe aí está uma porcaria que é humilhante para o povo, e isso não pode continuar a acontecer”, ressaltou o parlamentar.

 

Ele destacou ainda que o povo não está brigando por R$ 0,20, e sim por respeito. Também disse que a justiça não funciona porque é lenta, é ineficaz. “Nós temos aqui o caso das estradas fantasmas que o juiz sentou em cima há 8 anos, 10 anos, eu não sei quantos anos, e não tomou posição. Então essas coisas é que precisam ser vistas”.

 


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