César Pires nega interesse do governo no processo contra Bira do Pindaré

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Agência Assembleia
08/07/2013 20h24

César Pires nega interesse do governo no processo contra Bira do Pindaré
Foto original

 

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado César Pires (DEM), negou, na sessão desta segunda-feira (7), que haja qualquer interesse do seu grupo político e do governo do Estado de macular a imagem do deputado Bira do Pindaré (PT) utilizando informações contidas em um processo que tramita no Tribunal de Contas da União (TCU) envolvendo o parlamentar petista. “Não foi Roseana, não foi o Governo do Estado que construiu a ordem perversa para destruir alguém”, garantiu.

 

O líder governista disse que talvez Bira do Pindaré tenha passado o tempo todo jogando pedra e não se acostumou a receber as pedradas que a vida de parlamentar e de político que exerceu cargos públicos impõe. Lembrou de que ele próprio, quando líder da oposição durante o governo Jackson lago (PDT), teve as suas contas da UEMA devassadas, sofrendo processo de auditoria extra para que pagasse o preço das suas decisões de líder oposicionista, e que em momento algum acusou o governo por isso. “Situações como essa não diminuem a nossa trajetória política e nós temos que nos acostumar”.

 

De acordo com César Pires, vários casos semelhantes estão ocorrendo no Brasil, lembrando o recente episódio do ministro Joaquim Barbosa, presidente do STF, o qual, segundo ele, estaria sendo condenado de forma antecipada pela mídia nacional por ter usado um avião de forma equivocada, assim como o presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros, por problema semelhante.

 

“O que eu queria é que nós assumíssemos as nossas responsabilidades e não atribuíssemos que fomos levados aos bancos dos réus pelas mãos de terceiros políticos, mas sim pelas nossas próprias deficiências administrativas”, declarou César Pires na tribuna.  

 

O líder governista disse, ainda, que um político ou gestor público não pode terceirizar as responsabilidades que as suas próprias mãos assinaram ou a sua inércia pública deixou de fazer, assim como também não pode dizer que foram outras pessoas que assim o fizeram.

 

César pediu que o deputado Bira do Pindaré apresente, na sessão desta terça-feira, a comprovação de que seu nome tenha sido subtraído do rol das pessoas envolvidas no referido processo. “Aí sim, nós teríamos um testemunho, na verdade farto, e uma defesa inequívoca, de qualquer tipo que tenha ocorrido na DRT”.

 

AVALIAÇÃO

 

O deputado governista disse que não crê que haja por parte de qualquer colega de parlamento vontade de fazer malversação do dinheiro público e avaliou que embates como o que ocorreu na sessão de hoje não são bons para a Assembleia.  “Eu pago os meus atos e quantas vezes as injustiças doem, quantas vezes as ilações doem, mas eu quero dizer que não só dói quando a gente acusa, mas dói também nas costas dos acusados de forma às vezes perversas”.

 

Continuando, César Pires ressaltou: “quando o chicote alcança as nossas costas, nós que somos vilipendiados pelas mãos, pelas línguas ou pelos escribas da vida, sentimos o peso daquilo que nós não devemos continuar a fazer de forma injusta também. É um caráter pedagógico que todos nós sofremos. É por isso que às vezes eu me silencio e procuro conviver bem com a oposição. Somos pecadores, mas se vale a dor e se nos sentimos bem aqui quando utilizamos dos nossos vernáculos ou das nossas reverberações, fique certo que naquele momento que a gente acusa, tem alguém doendo, tem alguém se movendo, tem uma família chorando, um pai, um filho escutando aquilo e eu não desejo isso para ninguém”.

 

Antes de encerrar o pronunciamento, ele defendeu o seu colega do bloco governista, deputado Roberto Costa (PMDB), das críticas de Bira do Pindaré. Segundo ele, as palavras ditas por Roberto Costa na tribuna não foram extraídas das querelas políticas, das intrigas de plenário, mas foi lida apenas a decisão de um Tribunal.


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