Deputado denuncia direcionamento de licitações na reforma do Hospital do Ipem

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Agência Assembleia
14/08/2013 16h26

 

O deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB) contestou na Assembleia Legislativa matéria do jornal “O Estado do Maranhão”, segundo a qual ele teria usado como laranja seu assessor, Felipe Klamt, para ingressar com ação popular na Justiça Federal contra as obras de reforma do Hospital do Ipem. Rubens declarou que não precisa usar laranja para impugnar o que quer que seja nesse governo, tanto que é advogado na ação impetrada pelo ex-governador José Reinaldo Tavares pedindo a cassação do mandato de Roseana Sarney.

 

Conforme o parlamentar, como cidadão e agente político, Felipe Klamt pode e deve interpelar judicialmente o governo do Estado. A Ação Popular impetrada por Felipe Klamt refere-se a obras realizadas no hospital do Ipem. Nas palavras de Rubens Júnior “é contra os desmandos acontecidos no hospital, por entender que houve lesividade ao patrimônio público estadual”.

 

O deputado explicou que o Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Murad, contratou com dispensa de licitação para a reforma, pelo valor de R$ 38 milhões, a empresa Fujita Engenharia. Quando já haviam sido gastos R$ 25 milhões dos R$ 38 milhões, rescindiram o contrato. Houve uma nova licitação, esta no valor de R$ 39 milhões que foi ganha pela própria Fujita Engenharia. “O contrato inicial era de R$ 38 milhões dos quais R$ 25 milhões já tinham sido pagos e uma nova licitação sai ao custo de R$ 39 milhões, valor maior do que o planejado inicialmente”, estranhou Rubens Júnior.

 

Para Rubens Júnior, o contrato não foi rescindido porque a empresa não servia. Eles quiseram repactuar o contrato e repassar para a mesma empresa a quantia que veio a somar R$ 65 milhões. E segundo o deputado ainda houve um aditivo de R$ 6 milhões que deixa os gastos com a reforma do Hospital do Ipem em R$ 71 milhões.

 

O parlamentar denunciou que uma terceira licitação foi vencida pela empresa Start Construções que, em suas palavras, é irmã da Fujita Engenharia, pois as duas são originárias do desmembramento de uma empresa chamada Estrela, pertencente a dois irmãos, dois sócios.

 

Significa, segundo Rubens Júnior, que há claros sinais de desperdício de dinheiro público no processo. Ele afirma que o Hospital do Ipem não tem Centro Cirúrgico, que no subsolo não tem nada, o primeiro andar segue em reforma, o quarto andar também não tem nada e a cozinha, lavanderia e esterilização são todas terceirizadas.

 

“Não aceitamos a mentira de que somos contra a construção de hospitais macrorregionais. O que queremos é que a corrupção não contamine os empréstimos feitos pelo Estado”, finalizou referindo-se aos empréstimos contratados pelo governo com o BNDES.


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