Deputados denunciam grave crise enfrentada pela Unimed do Maranhão

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Waldemar Ter / Agência Assembleia
21/08/2013 16h21

Deputados denunciam grave crise enfrentada pela Unimed do Maranhão
Foto original

 

Diversos deputados fizeram duras críticas e reforçaram a denúncia feita pelo petista Bira do Pindaré contra a Unimed do Maranhão, pelo péssimo atendimento que vem oferecendo aos donos de planos de saúde da empresa. Em todo Estado, são 55 mil usuários, a maioria em São Luís, vítimas, segundo os parlamentares, de calote por parte da Unimed.

 

De acordo com Bira do Pindaré, que primeiro tratou do assunto na sessão desta quarta-feira (21), “a população já sofre porque não consegue atendimento no sistema público de saúde e resolve, com muito esforço, fazer um plano de saúde e quando menos espera acontece uma calamidade dessas, deixando milhares de pessoas completamente desassistidas e abandonadas”.

 

A reação de indignado veio também por parte dos demais colegas de plenário. Em aparte, o primeiro, a deputada Eliziane Gama (PPS) disse que se houvesse uma ação mais efetiva e uma responsabilidade de forma mais rigorosa da ANS, talvez o quadro não chegaria ao nível que chegou.

 

O tucano Neto Evangelista também enfatizou a falta de eficiência da ANS e garantiu que a Agência Nacional de Saúde, é uma agência reguladora que só funciona sob pressão e que não puniu a Unimed, apesar de haver constado a falência da empresa.

 

A deputada Gardênia Castelo (PSDB) também participou do debate e afirmou que os clientes da Unimed estão a mercê da boa vontade das autoridades, que a Assembleia tem obrigação de realizar a audiência pública e levar o problema até o fim, em busca de uma solução.

 

Zé Carlos (PT) foi outro parlamentar a debater o assunto e garantiu que o grande responsável por essa situação é a conveniência da ANS, que no ano passado, quando eles fizeram uma auditória, eles tiveram a certeza da situação financeira difícil da Unimed, naquele momento, opinião inclusive do Ministério Público Estadual que deveria ter havido uma intervenção na empresa, mas a agência não o fez.

 

O líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), Rubens Pereira Jr, foi outro que criticou a situação e disse que reapresentou indicação ao presidente do Tribunal de Justiça, defendendo a necessidade de se criar no Brasil e no Maranhão as varas especializadas em garantir o acesso à saúde.

 

Já o deputado Othelino Nerto (PPS) garantiu que a crise da Unimed é um assunto do dia não só no Maranhão, como no Brasil, por ser uma situação crítica, as pessoas não sabem o que fazer porque a realidade é que o cidadão paga duas vezes, paga através dos impostos para ter o serviço de saúde pública eficiente, e em particular no Maranhão está muito longe disso; e paga o plano para ter acesso à rede particular. “Os usuários da Unimed, por exemplo, já não têm mais agora nenhum hospital atendendo, teve uma até ordem judicial para o Centro Médico voltar a atender”, revelou.

 

A deputada Cleide Coutinho (PSB) afirmou que, “sem ser muito pessimista e sim muito realista”, não via, a médio prazo, solução para esse grande impasse, por conta da gravidade do problema e a grande crise enfrentada pela empresa, informação prestada pela promotora Lítia Cavalcante, uma vez que a Unimed deve R$ 22 milhões.

 

Outra deputada a tratar do assunto foi Vianey Bringel (PMDB), que informou que mesmo com a situação crítica a Unimed faz propaganda na televisão dizendo que em poucos dias abriria um hospital, sem sem que isso fosse verdade.

 

Por último, o deputado Magno Bacelar (PV) abordou que a audiência pública é a oportunidade da Assembleia saber o que está acontecendo realmente em profundidade. A presidente da Comissão de Saúde, deputada Valéria Macedo (PDT), e Bira do Pindaré informaram que a audiência está praticamente definida para o dia 28, para garantir a participação de representante da ANS.

 


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