Em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Maranhão, na manhã desta quarta-feira (21), o deputado estadual Bira do Pindaré (PT) voltou a denunciar a situação caótica com que a Unimed vem tratando os conveniados do MA.
Somente no Maranhão aproximadamente 55 mil pessoas estão sendo lesadas pelo péssimo atendimento prestado pelo plano de saúde. A Agência Nacional de Saúde (ANS), inclusive, já determinou a portabilidade extraordinária de carência para outros planos.
No entanto, os conveniados estão encontrando dificuldades, pois não há planos de saúde disponíveis e compatíveis com o atendimento que era oferecido pela Unimed no Maranhão. O deputado Bira anunciou que três comissões ordinárias da Casa Legislativa definiram pela realização de uma audiência pública para tratar da temática.
Por iniciativa da presidente da Comissão de Saúde, da presidente da Comissão de Direitos Humanos e da do presidente da Comissão de Assuntos Econômicos, uma audiência pública está pré-agendada para próximo dia 28. Serão convidados para o evento o representantes da Unimed, da ANS, do Ministério Público Federal, do Ministério Público Estadual, Procon e dos conveniados que estão prejudicados.
Para Bira, a população do Maranhão já sofre porque não consegue atendimento no Sistema Público de Saúde, então procura um plano de saúde e, quando menos espera, fica abandonada pelo plano. “Nós não podemos silenciar diante disso e acredito que nosso esforço, a nossa participação pode colaborar fortemente para proteger os direitos da nossa população que está sendo afetada por essa problemática nesse momento”, destacou.
Bira ressaltou a importância do Poder Judiciário na resolução dessa questão. A ANS nacional suspendeu a venda de planos em todo o Brasil para boa parte das operadoras, contudo o Judiciário já concedeu uma liminar autorizando novamente vender planos.
“Como é que essas instituições podem continuar vendendo planos se elas não atendem aqueles que já estão dentro do seu sistema? Então, alguma coisa de muito errado e que há cumplicidade aí de amplos setores que precisam ser chamados na responsabilidade”, protestou Bira.
