A Justiça e a Polícia Militar realizaram, nesta terça-feira (27), mais uma reintegração de posse da propriedade do ex-candidato a prefeito do município, Jesiel Araújo, invadida, pela segunda vez, provavelmente a mando do prefeito João de Fátima Pereira, o “Queiroz”, na semana passada. A vítima ingressou na Justiça com nova Ação de Integração de Posse para reaver o imóvel que teria sido ocupado, novamente, por pessoas ligadas ao chefe do Executivo.
“Quando a polícia saiu do local onde foi feita a invasão, pela primeira vez, novamente, com fortes suspeitas de estímulo político, foi invadida a residência do professor Jesiel, na semana passada. E o mais estranho é que os invasores ficaram próximo do terreno e o tempo todo foram abastecidos de comida, bebida e advogados para dar assistência”, relatou o deputado.
Segundo Othelino Neto, os cidadãos de Monção estão incomodados com essa turbulência. E o mais grave, de acordo com o parlamentar, é que quem deveria estar zelando pela ordem no município e tranquilidade pode estar estimulando aquela ação violenta contra um adversário, extrapolando as diferenças políticas.
“É preciso que compreendamos que as diferenças políticas são naturais. Vivemos em um regime democrático e é normal que as forças tenham esses embates, mas tem que ficar no campo da política. Em Monção extrapolou e foi desrespeitada a residência do cidadão Jesiel, onde ele reside com sua esposa, com sua filha e com os seus familiares. Foi um ato de selvageria e de covardia que tem que ser repudiado por todas as pessoas de bem”, comentou Othelino Neto.
Logo após o pronunciamento de Othelino, o deputado Eduardo Braide (PMN) defendeu uma investigação policial para descobrir realmente o que é que está acontecendo em relação a essa situação em Monção. O parlamentar disse que conversou com o prefeito Queiroz e ouviu dele que nada teria a ver com as invasões.
“Portanto, eu acho que a forma realmente de descobrir o que está acontecendo, o que está causando essa insegurança a todos os monçonenses, é uma apuração rigorosa por parte da polícia. Eu acho que esse é o nosso papel, enquanto parlamentar, que é o de assegurar a tranquilidade e a segurança de todos aqueles que habitam o município”, disse Eduardo Braide.
ENTENDA O CASO
A propriedade foi invadida, pela primeira vez, no dia três de agosto, por pessoas ligadas ao prefeito Queiroz, entre seguranças, servidores contratados e cargos comissionados do município, que entraram armados, derrubaram o muro e, de forma violenta, ocuparam o local e estimularam a ocupação, inclusive, da residência da vítima, onde mora com a esposa, com a filha e familiares.
A Polícia foi chamada para o local, mas o Cabo PM Matos, que estava representando o comando policial do Município, recusou-se a dar segurança, alegando que havia ordens superiores para não intervir ali. Com a celeuma, Jesiel ingressou, no dia sete de agosto, com Ação de Integração de Posse junto à Comarca de Monção para reaver a propriedade que foi invadida por pessoas ligadas ao prefeito “Queiroz”.
A perseguição contra Jesiel se intensificou desde que a oposição, no município, passou a denunciar inúmeros desmandos administrativos como o caso da fraude no Bolsa Família, benefício que é ou foi recebido pelas filhas do prefeito Queiroz que também são ou foram nomeadas como cargos comissionados na Prefeitura. Além de tudo, uma das filhas ainda recebe o Seguro Defeso indevidamente.
