Eliziane Gama e Cleide Coutinho visitam o hospital Aquiles Lisboa

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Jéssica Barros / Agência Assembleia
02/09/2013 16h17

Eliziane Gama e Cleide Coutinho visitam o hospital Aquiles Lisboa
Foto original

 

A Comissão de Saúde, representada pela vice–presidente, deputada Cleide Coutinho (PSB), e a Comissão de Direitos Humanos e das Minorias, representada pela presidente, deputada Eliziane Gama (PPS), realizou na manhã desta segunda–feira (2) visita ao hospital Aquiles Lisboa, com o objetivo de constatar in loco a situação do local.

 

A ideia da visita ao hospital partiu da deputada Eliziane Gama, após uma denuncia da Revista “Carta Capital”, publicada no dia 3 de julho deste ano, que trazia uma matéria referente ao Aquiles Lisboa, mostrando a situação precária da estrutura, da falta de equipamentos, do quadro de profissionais e de uma obra inacabada. A reportagem dizia também que o Maranhão é 4º estado brasileiro com maior numero de casos de hanseníase. A informação é que de 29 mil casos de hanseníase no Brasil, 3.302 ocorrem no Maranhão e 305 deles com crianças menores de 15 anos de idade.

 

“Este hospital recebeu cerca de 5 milhões para reformar apenas a ala de internação. A reforma começou em 2011, mas está parada e inacabada. E ninguém aqui soube dar informação dessa verba supostamente investida”, alegou Eliziane Gama.

 

A parlamentar disse que irá requisitar oficialmente ao secretario de saúde maiores informações sobre esses recursos. “Alguém tem que nos dar uma resposta concreta, só assim teremos uma solução”, completou.

 

Durante a visita, as deputadas foram conduzidas pela diretora-geral do hospital, Drª Celijane Melo, que explicou e mostrou o funcionamento do hospital, estrutura, demandas de consultas e o acolhimento de pacientes com hanseníase.

 

“Na verdade aqui é um hospital–geral, além de paciente com hanseníase, nós também fazemos outros tipos de consultas, como dermatologia, pediatria, etc. Acontece que temos apenas esse e o hospital Genésio Rêgo que atendem a hanseníase, daí se torna um centro de referência nessa especialidade. Temos um quadro de 230 profissionais e atendemos toda a comunidade”, explicou a doutora.

 

Apesar das explicações, a deputada Cleide Coutinho disse que não ficou satisfeita com o que viu. “Infelizmente, eu vejo que a denúncia da revista transcende. A reforma, na verdade, nunca aconteceu. Eu lamento que com todo esse dinheiro liberado não tenha investimento algum visível”, disse Cleide Coutinho.

 

“Eu, como médica experiente, sei que os maiores gastos de um hospital são a parte de lavanderia, cozinha e segurança, mas aqui é tudo terceirizado. Nem o ultrassom nem o raio x esse hospital oferece. Então, pra onde foi esse dinheiro?” indagou a parlamentar.

 

Assim como a deputada Eliziane Gama, Cleide Coutinho quer que o Governo do Estado e a Secretaria de Saúde informem claramente onde foram investidos os R$ 5,5 milhões liberados para melhorias no hospital Aquiles Lisboa, pois elas não observaram mudanças no local.

 

HOSPITAL AQUILES LISBOA

 

O hospital Aquiles Lisboa, antiga Colônia do Bonfim, fundada em 1937, integra a rede estadual de saúde. Na época, os portadores de hanseníase eram mantidos em isolamento, pois a internação era a principal alternativa para evitar a disseminação da doença. Com as mudanças nos modelos de tratamento e o fim do sistema de isolamento, o hospital  oferece vários serviços médicos, com uma média de 9 mil atendimentos no mês, muito deles realizados em pacientes provenientes do interior do Estado.

 

O hospital é referência de hanseníase no Maranhão. Fica localizado no Bonfim, área do Itaqui–Bacanga.


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