Cleide Coutinho denuncia falta de estrutura no hospital Aquiles Lisboa

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Assecom/Cleide Coutinho
02/09/2013 21h52

 

A vice-presidente da Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa, deputada Cleide Coutinho (PSB) ocupou a tribuna nesta segunda-feira (2) para registrar que acompanhada da Presidente da Comissão de Direitos Humanos deputada Eliziane Gama (PPS) e de membros da equipe técnica da Assembleia, visitou na manhã de hoje o Hospital Aquiles Lisboa.

 

Cleide Coutinho destacou que durante a visita foram recepcionados pela diretora-geral do Hospital Aquiles Lisboa doutora Celijane, que se mostrou muito cortês e educada, também pela Supervisora Eliete e pela chefe do Setor de Enfermagem Ildemar.   

 

Foram analisadas “in loco”, as graves denúncias publicadas na Revista “Carta Capital” (edição do dia 3/07/13), acerca de supostos desvios de Recursos Federais e Estaduais no Hospital Aquiles Lisboa, que é por sinal o único especializado no tratamento de Hanseníase no Maranhão.

 

Após a visita, Cleide relatou a sua decepção com o que encontrou naquela Casa de Saúde. Ali funciona um ambulatório, com 15 consultórios simples e rudimentares e no momento da visita havia poucos pacientes, com apenas um médico trabalhando.

 

Para Cleide o que mais causou decepção foi o Setor de Internação daquele estabelecimento, que foi considerado precário. Existe um corredor com apenas cinco enfermarias, cada uma com três leitos, aonde são internados homens, mulheres e crianças. Existe uma área para banheiro, com dois sanitários, um para mulher e outro para homem, com chuveiros coletivos.

 

TERCEIRIZAÇÕES E 250 FUNCIONÁRIOS

 

De acordo com Cleide, vários serviços naquele estabelecimento são terceirizados, tais como: a cozinha, a lavanderia, segurança e esterilização. Não existe consultório para atendimentos de urgências (sala de SPA) e apenas uma sala precária de Pequenos Curativos. Não existe também aparelho para fazer ultrassom, nem aparelho para raio-x, nem Centro Cirúrgico e UTI. O laboratório (apesar de terceirizado) ocupa uma área com oito salas praticamente vazias. Apenas três salas são ocupadas: uma para um pequeno almoxarifado, outra para coleta de material e uma outra para leitura de lâminas.

 

Os dirigentes do Hospital revelaram que aquela Casa de Saúde tem 250 funcionários. “Fiquei surpresa com a quantidade de funcionários, porque quase tudo é terceirizado. O Aquiles Lisboa não deveria ser um hospital, deveria funcionar apenas como um ambulatório e uma Casa de Repouso”, afirmou.

 

Cleide observou ainda que existe um grande prédio em construção e segundo os próprios funcionários está em obra há quatro anos.  Segundo ela, a matéria da “Carta Capital” denuncia que em 3 de novembro de 2009, a Secretaria de Saúde do Estado fechou sem licitação, um contrato de R$ 5,1 milhões com a Cruz Vermelha e depois outro em 2011 no valor de R$ 5,1 milhões e que passou posteriormente para R$ 5,5 milhões.

 

Finalizando a deputada Cleide Coutinho lamentou que apesar de ter sido repassado tanto dinheiro para o Hospital Aquiles Lisboa, as Comissões da Assembleia Legislativa (Saúde e Direitos Humanos) não viram praticamente nada que justificasse os valores repassados e apenas considerou a visita esclarecedora e também destacou a boa receptividade e acolhimento dos diretores. “Mas ficou a comprovação que a Revista “Carta Capital” não mentiu, pois  a situação do Hospital Aquiles Lisboa é pior do que eu pensava”, concluiu.       


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