Deputados acusam governo de fazer nomeações irregulares no INMEQ

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Ribamar Santana / Agência Assembleia
02/10/2013 17h39

Deputados acusam governo de fazer nomeações irregulares no INMEQ
Foto original

 

Os deputados Rubens Júnior (PCdoB), líder do Bloco de Oposição, e Marcelo Tavares (PSB) denunciaram da tribuna da Assembleia, na sessão desta quarta-feira (2), o que eles denominaram de “Bolsa Eleição”. Segundo os deputados oposicionistas, a governadora nomeou em diversos órgãos do governo do Estado, no mês de agosto, várias lideranças políticas do interior, que perderam as eleições de 2012, e que estão recebendo sem trabalhar.

 

“Por um segundo eu acreditei que a governadora iria parar de usar o dinheiro público para pagar aliados que perderam a eleição; que em meio àquela onda de manifestações, o governo teria aprendido a lição que veio das ruas, que é a de não se aceitar mais a confusão de público com privado, que não se aceita que cabos eleitorais sejam pagos com dinheiro público”, declarou Rubens Júnior.

 

Segundo o líder do Bloco de Oposição, o governo esperou apenas 11 dias para nomear os membros do antigo Conselhão, que por força de denúncia da oposição e da imprensa, a governadora extinguiu. “Só no antigo Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (INMEQ, ex-IPEMAR) foram nomeados 12 nomes, que disputaram a última eleição, perderam e são aliados da governadora, e que continuam recebendo dos cofres públicos para fazer campanha para a governadora”, revelou.

 

Marcelo Tavares corroborou a denúncia feita pelo deputado Rubens Júnior e disse que nunca imaginou que um dia assistiria a uma sessão da Assembleia de tão baixo nível, na qual os deputados da base do governo subiram à tribuna para defender a imoralidade. “Não imaginei que fosse presenciar uma sessão desse nível. Olhe o nível a que chegaram na Assembleia Legislativa, o grau de apodrecimento do grupo Sarney. Isto é uma vergonha!”, protestou.

 

Segundo os deputados da oposição, vários dos aliados da governadora nomeados são fichas sujas, ou seja, foram processados e condenados por crime de improbidade administrativa e, ainda, não tem a competência técnica que o cargo ocupado exige. “Foram nomeados para não trabalhar, só para votar e fazer campanha. A lei do ficha limpa, que a governadora sancionou, já foi rasgada”, afirmou Marcelo Tavares.

 


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