O deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) voltou a comentar a reunião da Comissão de Segurança realizada nesta quarta-feira (29), na Sala das Comissões, com a presença da cúpula da Segurança Pública do Estado. O parlamentar também voltou a criticar o secretário Aluízio Mendes, que, segundo ele, não consegue conter o crescimento da violência em todo o Estado. Para Cutrim, as explicações colocadas na reunião são as mesmas de sempre e não acrescentam em nada.
O deputado responsabiliza o secretário Aluísio Mendes pela crise na Segurança Pública e pelo aumento em larga escala da criminalidade no estado. Segundo ele, o problema nunca foi de falta de investimento, como alega o secretário, mas sim por falta de gestão.
“Então o que falta no Maranhão? Eu nunca disse que são os recursos, pois o Governo do Maranhão investiu no Sistema de Segurança Pública muito mais agora do que nos últimos 20 anos. Mais do que nunca investiu em toda a história do Maranhão. Investimento tem demais, o que falta é gestão e credibilidade”, afirmou Cutrim.
O deputado também criticou a falta de hierarquia nas policias do Maranhão, o que, segundo ele,contribui para a o aumento da criminalidade, uma vez que o próprio governo não respeita a hierarquia quando coloca um agente de polícia para comandar um delegado, um agente de polícia para comandar um coronel. “Hoje ninguém respeita mais ninguém nas instituições, a base das instituições é hierarquia e disciplina, e isto não existe no Estado”.
APOSENTADORIA
Durante seu discurso, Raimundo Cutrim se posicionou contrário ao projeto que será enviado à Assembleia, de autoria da Secretaria de Segurança Pública, que reduz de 48 para 45 anos a aposentadoria compulsória dos oficiais da Polícia Militar. Nas Forças Armadas a compulsória dos oficiais e generais é de 66 anos.
“O coronel que trabalhou aqui na Assembleia ele está aposentando agora com os 48 anos de idade. Será que isso é justo para nós os maranhenses termos que pagar o profissional no auge da sua plenitude do seu amadurecimento, com 48 anos de idade? E o Secretário está mandando um projeto para reduzir para 45 anos, que o coronel é obrigado a aposentar com 45 anos. Este tipo de coisa só ocorre no Maranhão”, lamentou Cutrim.
