Imperatriz - Deputados que compõem a Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa realizaram, na manhã desta quarta-feira (4), visitas a hospitais e unidades de atendimento a pacientes com câncer no município de Imperatriz. Composta pelas deputadas Valéria Macedo (PDT), presidente da Comissão, Vianey Bringel (PMDB), Francisca Primo (PT) e pelo deputado André Fufuca (PEN), a comitiva visitou o Hospital São Rafael, o Hospital Municipal de Imperatriz, a Unidade Móvel de Combate ao Câncer e a Clínica Oncoradium.
Durante a visita ao Hospital São Rafael, a comitiva foi acompanhada pelo médico Adriano Medeiros, que apresentou o departamento de oncologia, as alas de internação de pacientes oncológicos e quimioterapia ambulatorial e área de pacientes pós-cirúrgicos. Segundo o oncologista, o hospital não está credenciado para tratamento de câncer infantil, mas o serviço será implantado em breve, bem como o serviço de anatomia com diagnóstico histológico.
O médico Adriano Medeiros falou também sobre a expectativa de que, com a parceria da empresa Varian, que fornece equipamentos utilizados no tratamento de câncer, seja instalado o serviço de radioterapia na unidade a partir de janeiro, com previsão de entrega no prazo de seis meses.
Em seguida, os membros da Comissão de Saúde, acompanhados pelo vereador Rildo Amaral (SDD), pelo representante do Hospital Aldenora Belo, Flávio Roberto, e pelo coordenador de Oncologia do município, Gumercindo Leandro Silva, visitaram o Hospital Municipal de Imperatriz (HMI), sendo recebidos pelo médico Alisson Mota, que mostrou aos parlamentares a área onde funcionará a enfermaria oncológica, com capacidade atual para 12 pacientes, em fase de finalização, e o setor de quimioterapia.
A comitiva visitou também a Clínica Oncoradium, onde fica localizado o único serviço de radioterapia do município, com capacidade de atender 120 pacientes por dia. Na oportunidade, o médico radioterapeuta Ricardo Nakamura mostrou aos parlamentares os setores de enfermaria da radioterapia, e a sala onde é realizado o procedimento radioterapêutico, que consiste num tratamento ambulatorial com duração média de 15 min. Atualmente 22 pacientes realizam o tratamento da radioterapia na clínica.
Os visitantes também conheceram o equipamento de braquiterapia, que pode eliminar nódulos cancerígenos em partes do corpo como a próstata, pulmão, cabeça, pescoço, de mama, esôfago e colo de útero, e o sistema computadorizado de planejamento de radioterapia.
UNIDADE MÓVEL
A comitiva conheceu ainda a Unidade Móvel de Prevenção ao Câncer, ônibus que possui dois pavimentos e é equipado com sala de recepção, quatro consultórios, centro cirúrgico, sala de mamografia, sala de pequenos procedimentos e uma sala de coleta de prevenção (exame Papa Nicolau), podendo ser também realizadas biopsias de pele. A unidade possui capacidade para realizar cerca de 7 mil exames preventivos por mês, além de cirurgias.
Segundo Gumercindo Silva, a unidade deve começar a circular pela região na próxima semana, podendo ficar de 7 a 15 dias em cada localidade de acordo com a demanda. Contará com profissionais especialistas, como oncologistas, mastologistas, ginecologistas, enfermeiros, entre outros.
AUDIÊNCIA
“O que nos motivou a realizar a audiência é a necessidade de chamar a atenção dos deputados para que sensibilizem as autoridades quanto à importância de que o serviço de radioterapia em Imperatriz seja feito pelo Sistema Único de Saúde (SUS) o mais rápido possível”, disse a presidente da Comissão de Saúde da Assembleia, deputada Valéria Macedo, sobre a audiência pública que acontece nesta tarde (4), para discutir o atendimento no sistema público de saúde, especificamente na área de oncologia, na região Tocantina.
Ao final das visitas realizadas pela Comissão, a deputada lamentou que os pacientes de câncer não possam ser submetidos à radioterapia através do SUS na única clínica que realiza este tipo de atendimento em Imperatriz. “Os deputados que vieram a Imperatriz estão sensibilizados com a causa para dialogar a fim de buscar soluções para a agilização do processo no Ministério da Saúde”, afirmou.
