A deputada Gardênia Castelo (PSDB) solidarizou-se, na sessão desta quarta-feira, 05, com todas as mulheres pela passagem, hoje, do Dia do Combate ao Câncer de Mama, que a exemplo do movimento chamado Outubro Rosa, comemorado no ano passado, tem por objetivo estimular a mulher a continuar fazendo o exame anual de mamografia a fim de descobrir precocemente a existência ou não de câncer de mama, para que possa aumentar ainda mais o potencial de cura.
Gardênia Castelo destacou que dados da Secretaria de Políticas para Mulheres dão conta de que, no Brasil, são registrados 50 mil novos casos da doença a cada ano, sendo, portanto, a segunda causa de morte entre as mulheres. Somente no ano de 2011, a doença fez mais de 13 mil vítimas no Brasil, enquanto que, no mundo inteiro, ainda morre meio milhão de mulheres em decorrência dessa patologia. “A nossa insistência nesse tema decorre do fato de a maioria dos casos de câncer de mama ser descoberta tardiamente aqui no Brasil, dificultando muitas vezes o enfrentamento de uma doença que a gente sabe que tem um potencial superior a 90%, quando descoberta precocemente”, disse a deputada.
Um dos maiores obstáculos no enfrentamento da doença, de acordo com a deputada Gardênia Castelo, é justamente a falta de estrutura para a descoberta precoce. Estatísticas do Ministério da Saúde apontam que somente 10% das mulheres chegam para o tratamento em fase precoce; as demais chegam numa fase mais avançada, dificultando bastante as alternativas de cura. Outro dado preocupante vem da Sociedade Brasileira de Mastologia que, em um levantamento inédito, mostra que em 11 estados brasileiros, em cada oito mamógrafos instalados em hospitais públicos, um está sem uso, na maioria dos casos, por falta de conserto ou de operadores. A pesquisa também aponta que pelo menos metade das cidades brasileiras - com menos de 50 mil habitantes -, não tem mamógrafos.
A orientação é que todas as mulheres, mesmo que não tenham qualquer histórico familiar de câncer de mama ou ovário, entre 40 e 49 anos de idade, devem realizar anualmente esse exame e, a partir dos 50 anos de idade, o exame deve ser realizado a cada dois anos. Já as mulheres com mãe, irmã ou filha que já desenvolveram um desses cânceres antes dos 50 anos de idade devem realizar a mamografia a partir dos 35 anos de idade, pelo menos uma vez por ano.
Ao finalizar a sua fala, a deputada Gardênia Castelo afirmou que, mesmo diante de tais obstáculos e graças ao esforço e à voluntariedade da própria mulher, tem motivos para acreditar em transformações importantes, visto que é cada vez maior o nível de conscientização das mulheres acerca desse assunto.
