A presidente da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias, deputada Eliziane Gama (PPS), destacou na manhã desta terça-feira (11) a importância histórica da médica comunista Maria Aragão, principalmente referente às conquistas femininas e a participação da mulher na política. “Para nós que lutamos pela participação efetiva das mulheres na sociedade brasileira é fundamental a lembrança dos 104 anos de nascimento de Maria Aragão, uma das mulheres mais importantes do cenário de discussão social desde país. Ela protagonizou momentos emblemáticos durante a ditadura militar, rompeu com paradigmas e criou uma nova forma de se ver a mulher maranhense”, enfatizou.
Eliziane Gama homenageou os 104 anos de Maria Aragão e falou sobre o legado da médica e militante na luta pelo acesso feminino às políticas públicas e sociais. A parlamentar lembrou que a comenda concedida pela Assembleia Legislativa para as mulheres que tem papel social importante no Maranhão tem o nome de ‘Medalha Maria Aragão’, e é de autoria da ex-deputada Helena Heluy.
“A deputada Helena Heluy protagonizou uma luta histórica aqui nesta Casa, inclusive é autora da Medalha Maria Aragão, que homenageia as mulheres que marcam a política maranhense e não só política partidária, mas a política social que foi, aliás, a grande luta de Maria Aragão”, completou.
Na tribuna, a parlamentar parabenizou os parentes e também todas as mulheres que se pautam a partir das ideias e lutas de Maria Aragão. “Quero parabenizar os familiares e as seguidoras de Maria Aragão, dentre elas eu, e acredito que as demais parlamentares nesta Casa. Maria Aragão faz parte de nossa vida, de nossa história, porque ela de fato é imortal, é alguém que deixou para todas as gerações vindouras, uma história de luta e superação”, ressaltou.
Eliziane Gama também destacou que Maria Aragão fez parte da mesma linha ideológica que ela faz parte. “Maria Aragão esteve conosco no nosso partido, que hoje é o PPS, no PCB - Partido Comunista do Brasil, e que nos ensinou valores diferenciados. Ela que dizia que os acordos poderiam ser feitos, mas sem macular os nossos princípios e valores. Esta frase tem muito a ver com a minha vida e minhas atitudes diárias políticas e partidárias”, assegurou.
A parlamentar finalizou o discurso destacando que a mulher precisa lutar e saber o valor que tem no atual cenário político e social. “Todas nós sabemos que precisamos romper cotidianamente, não somente nos períodos emblemáticos no mês de março, nos 17 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher, mas em todos os dias do ano, precisamos a cada dia mostrar que nós mulheres efetivamente temos o nosso valor, temos a nossa garra, temos a nossa luta e precisamos marcar a nossa geração”, concluiu.
