Comissão colhe sugestões de maranhenses para nova Lei do Esporte

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Agência Assembleia
14/02/2014 19h36

Comissão colhe sugestões de maranhenses para nova Lei do Esporte
Foto original

 

A comissão especial formada pela Câmara dos Deputados para discutir a Lei 6.753/13, que cria o Proforte (Programa de Fortalecimento dos Esportes Olímpicos), colheu sugestões de esportistas maranhenses nesta sexta-feira (14), durante seminário realizado na Assembleia Legislativa (auditório Fernando Falcão).

 

A proposta mais polêmica foi apresentada pelo presidente da FMF (Federação Maranhense de Futebol), Antônio Américo. Ele sugeriu que recursos arrecadados pelos clubes da série A com a transmissão dos jogos, sejam repartidos para os clubes das demais divisões. A justificativa é que os jogos televisionados da série A tiram os torcedores dos demais clubes dos estádios, derrubando a arrecadação oriunda da venda de ingressos. “Se a Rede Globo patrocina o filé, porque não pode patrocinar o músculo?”, questionou.

 

O presidente da Federação Maranhense de Tênis e secretário estadual adjunto de Esporte, Clineu Filho, propôs a criação de uma loteria nacional onde parte da arrecadação fosse destinada ao incentivo de todas as modalidades esportivas.

 

O ex-presidente do Moto Club, Roberto Fernandes, defendeu que as universidades possam ser incentivadas a gerarem conhecimento no esporte, não apenas formando educadores físicos, mas formando bacharéis na gestão de clubes. Fernandes sugeriu ainda ampliação no combate às drogas, que vem afastando cada vez mais os jovens do Esporte, principalmente no interior do Estado, e o patrocínio de órgãos do governo, como a Caixa Econômica Federal, aos pequenos clubes. “O Estado precisa para de financiar apenas os grandes times. É preciso financiar os pequenos também”, declarou.

 

O presidente da Federação de Atletismo do Maranhão (Fama), Márcio Migues, reivindicou mais incentivo aos treinadores de formação, principal responsável pela descoberta de novos atletas. O professor Alfredo Ribeiro, ex-atleta de handebol, sugeriu que fosse estabelecido um percentual mínimo de investimento dos governos no Esporte, como acontece com a Saúde., por exemplo.

 

O seminário durou mais de três horas e contou, entre outros, com a participação dos deputados federais Jovais Arantes (PTB-GO) – presidente da comissão, Vicente Cândido (PT-SP) – 1º vice-presidente da comissão, e Waldir Maranhão (MA); dos secretários estaduais Pedro Fernandes (Educação) e Joaquim Haickel (Esporte); e dos vereadores Pedro Lucas Fernandes (PTB) e Sérgio Frota (PSDB), que também é presidente do Sampaio Correia.

 

Vicente Cândido garantiu que todas as sugestões serão debatidas durante reunião da comissão em Brasília. “As soluções nem sempre vem do Planalto. Na maioria das vezes vem das planícies”, declarou. Jovais Arantes disse que o seminário do Maranhão foi um dos melhores já realizados pela comissão.

 

Entre outras coisas, a Lei 6.753/13 trata de incentivos para atuar na formação de atletas olímpicos, a recuperação de créditos tributários com a União e o parcelamento em até 240 prestações das dívidas tributárias federais dos clubes que aderirem ao programa, com redução de multas e encargos.

 

 


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