Deputados Othelino e Bira refutam pré-candidatura da governadora ao Senado

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Ribamar Santana / Agência Assembleia
20/02/2014 15h02

 

Os deputados Othelino Neto (PCdoB) e Bira do Pindaré (PSB) refutaram da tribuna da Assembleia, na sessão desta quinta-feira (20), a defesa da pré-candidatura da governadora Roseana Sarney ao Senado Federal feita pelo deputado Magno Bacelar (PV). “Se houvesse amor ao Maranhão, a governadora permaneceria no cargo e cumpriria sua missão”, afirmou Bira.

 

Em eloquente pronunciamento, no qual enalteceu as ações do governo do Estado, o deputado Magno Bacelar defendeu a pré-candidatura da governadora ao Senado. “São as bases, são os eleitores é a classe política que está pedindo que a nossa governadora vá para o Senado”, afirmou o deputado governista.

 

Primeiro a se pronunciar em resposta a Magno, o deputado Othelino argumentou que parece que a governadora está se despedindo do governo porque, de repente, “depois de tantos anos de insensibilidade”, resolveu conceder um aumento aos servidores do Estado do Maranhão. Othelino lembrou ao deputado governista os números relativos à Segurança Pública que, comparado aos governos de José Reinaldo e Jackson, segundo ele, pioraram bastante. “A Polícia Civil vive o seu pior momento na história do Maranhão”, acrescentou.

 

O deputado Bira, em seguida, rebateu a louvação do deputado governista declarando que o aumento concedido pela governadora aos servidores não é uma concessão, mas que houve uma troca, que não foi de graça, que os servidores tiveram que abrir mão do passivo judicial ao aderir ao Plano Carrreira, Cargos e Salários do governo do Estado. “Essa festa ao anunciar esse aumento soa como uma bondade concedida pela governadora, quando na verdade não é”, observou.

 

Bira lembrou que, no mesmo momento do anúncio do aumento dos servidores, a governadora declarou que só em março vai decidir se fica ou não no governo o que, segundo ele, confirma a manobra da eleição indireta, na Assembleia, como nunca aconteceu no País, e que começou com a indicação do vice-governador para o Tribunal de Contas do Estado.

 

“A governadora deveria permanecer no cargo, deveria cumprir a sua missão para a qual foi eleita e não abandonar o estado na situação em que se encontra, nesse caos em que se encontra o Sistema Penitenciário, no caos em que se encontra a educação, no caos em que se encontra o Sistema de Saúde. Se houvesse afeto, se houvesse amor ao Maranhão, a governadora permaneceria no cargo e cumpriria sua missão”, defendeu Bira.


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