O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), recebeu na tarde dessa terça-feira (25), em uma visita de cortesia, uma comitiva formada pelo presidente da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Maranhão (Adepol-MA), Marconi Chaves, o vice, Lucas de Costa Ribeiro Filhgo, o tesoureiro, José Maria Melônio Filho, e Jefferson Portela do Conselho de Disciplina, que foram lutar pelos direitos da classe.
De acordo com Marconi, a intenção da visita foi de também informar ao presidente da Casa as principais razões que levaram os delegados de polícia a declarar estado de greve e as paralisações gradativas. “Na última assembleia do dia 24, em respeito, suspendemos as paralisações dos dias 27 e 28 devido as proximidades das festas carnavalescas e visando não trazer prejuízos para a sociedade”, afirmou.
Explicou ainda que os delegados deliberaram no sentido de suspender as paralisações e foi remarcada outra assembleia para o dia 14 de março, em que irão aguardar o posicionamento do governo do Estado. Segundo ele, a Adepol tem buscado abrir o diálogo com o governo em relações as reivindicações, que dentre elas, vale citar: as melhorias nas condições de trabalho, autonomia financeira da polícia, concurso de remoção, reconhecimento pleno da aposentadoria, criação de indenizações para quem acumula mais de uma cidade e o precatório que está em atraso.
Marconi contou que a Assembleia Legislativa deu atenção especial em algumas outras questões e obtiveram êxito, e nesse momento de crise em que a Polícia Civil atualmente está passando esperam também obter um retorno positivo. “Estamos no limite do razoável. Queremos uma resposta para a sociedade”, disse.
Dentre outras problemáticas apresentadas a Arnaldo Melo está a falta de uma sede própria para a Polícia Civil, “ocupamos uma sala da Secretaria de Estado da Segurança Pública, a nossa sede está abandonada por falta de conservação. Estamos ao risco de desabamento e sem condições de uso”, afirmou Marconi. Além disso, explanaram também que os plantões centrais não são dignos para receber qualquer cidadão que seja.
Segundo os representantes da Adepol-MA, 126 municípios maranhenses não possuem delegados, dos poucos que têm respondem a três ou quatro cidades. “É importante que a Assembleia leve ao Executivo todas essas nossas reivindicações em respeito a sociedade, pois não queremos prejudicar ninguém”, ressaltou José Maria.
Eles deram a Arnaldo Melo cópias de ofício, no qual foram encaminhados ao governo estadual, mas que nunca tiveram retorno.
Para Marconi, a expectativa na conversa com Arnaldo Melo foram as melhores possíveis, “sabemos que ele é um homem democrático, aberto ao diálogo, temos nele a esperança de um investimento, uma transformação da Polícia Civil”.
Para Arnaldo Melo, a classe dos policiais civis do Maranhão há muito tempo vem procurando as suas melhorias e sempre encontram todo o apoio da Assembleia Legislativa que é a Casa conciliadora, a Casa que concilia os interesses das instituições. “Todos nós sabemos que a Polícia Civil é uma instituição importantíssima de todos os estados da federação, e aqui no Maranhão não é diferente. A pretensão da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e de todos os deputados é dá o apoio possível à nossa Polícia Civil, assim como já demos também para a Polícia Militar”, concluiu.