Rubens Júnior e Eliziane Gama repudiam punições a militares grevistas

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Waldemar Ter / Agência Assembleia
19/03/2014 15h02

Rubens Júnior e Eliziane Gama repudiam punições a militares grevistas
Foto original

 

Os deputados Rubens Pereira Jr. (PCdoB) e Eliziane Gama (PPS) defenderam, na sessão desta quarta-feira (19), o direito da Polícia Militar de fazer greve. Os dois repudiaram a punição dos líderes do movimento por melhorias na PM.

 

Rubens Jr, que é líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), disse que o Comando da Polícia Militar não satisfeito com a punição ao soldado Leite, decidiu abrir procedimento e instaurou o Conselho de Disciplina para afastar os policiais e a consequente exclusão deles, especialmente o soldado Leite e o cabo Campos.

 

“Ao invés da Polícia Militar, como todo e qualquer dirigente, procurar a categoria para dialogar, o governo resolveu punir, enfrentar e expulsar os policiais da corporação, fugindo do debate e do diálogo”, criticou.

 

Na avaliação do deputado, “não há nenhum tipo de ilegalidade na greve, pelo contrário, é digno de registro, heroísmo e a bravura”. De acordo com o parlamentar, o movimento pedia que os policiais fossem tratados da mesma forma que os demais servidores e melhores condições de serviço. Disse ainda que a medida é herança a ditadura militar.

 

A deputada Eliziane Gama falou em seguida e fez discurso na mesma linha, defendendo o direito da PM de fazer paralisação por melhores condições de trabalho e salários, a exemplo do Cabo Campos e do soldado Leite.

 

“Nós sabemos que a questão dos militares no Estado é um problema sério e grave: o Maranhão tem a menor quantidade de militares por habitantes do Brasil, quase 900 pessoas por cada militar no Brasil/Maranhão. Por isso, há toda uma luta, na verdade, no Estado na tentativa de que o militar tenha uma valorização diferenciada, que tenha, na verdade, a garantia de direitos que já são elementares”, afirmou.

 

A deputada citou várias estatísticas para mostrar a violência existente no Estado. “Em vez de o Estado estar fazendo um investimento na corporação, de estar trabalhando a questão da estruturação da corporação, nós temos, infelizmente, uma ação arbitrária com o pedido de prisão de militares que estão lutando para o combate da violência no nosso Estado”, condenou.

 

Os dois parlamentares fizeram um apelo ao comando da PM, para que reveja as punições.


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