CPI dos Combustíveis da Assembleia colhe depoimento de mais duas pessoas

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Marcelo Vieira / Agência Assembleia
23/04/2014 20h06

O segundo dia de oitivas da CPI do Combustível contou com a presença de duas, das três testemunhas convocadas para prestar depoimentos. Foram ouvidos o empresário Carlos Gustavo Ribeiro de Paiva e o gerente da rede de postos da Petrobrás no Maranhão e Piauí, José de Almeida Barreto.

 

Depois de ouvir a primeira testemunha, os membros da Comissão foram comunicados pela promotora Lítia Cavalcante que o empresário Carlos Ribeiro de Paiva mentiu durante seu depoimento, ao afirmar que não tinha conhecimento da existência de cartel na capital maranhense.

 

Inquérito concluído em 2011, no qual o empresário Carlos Ribeiro de Paiva foi parte como réu, comprovou a existência de formação de cartel na capital maranhense. A promotora disse que o empresário poderá ser processado pelo Ministério Público por perjúrio.  

 

A segunda testemunha a depor foi o gerente de distribuição da rede de postos da Petrobrás, José de Almeida Barreto. Ele disse não ter conhecimento da formação de cartel, apesar de praticamente todos os postos de São Luís estarem praticando o mesmo preço, de R$ 2,99, no litro da gasolina.

 

Perguntado pelo presidente da CPI, deputado Othelino Neto (PCdoB), se as distribuidoras seriam as culpadas pelos preços praticados pelos postos de São Luís, Barreto afirmou que as distribuidoras não são responsáveis pelo aumento dos preços cobrados nas bombas dos postos de combustíveis da Capital.

 

“O preço não é a distribuidora que faz, o preço é o revendedor que faz, de acordo com seus custos, que variam de posto para posto. Nós não temos nenhuma influencia na formação de preço”.

 

Segundo o deputado Othelino Neto, a resposta do gerente de distribuição dos postos Petrobrás, lança por terra a tentativa dos donos de postos de gasolina que a culpa para o preço dos combustíveis nas bombas seriam dos reajustes feitos pelas distribuidoras.

 

A Promotoria do Consumidor , assim como a os membros da CPI, afirmaram que até o momento os depoimentos não convenceram e que as investigações continuam apontando para formação de cartel entre os postos de combustíveis de São Luís.

 

O ex-presidente do Sindicato de Revendedores de Combustíveis no MA, Dileno Tavares, faltou aos depoimentos. Ele é um dos convocados para CPI e está sendo investigado pelo Ministério Publico depois de aparecer em escutas telefônicas, negociando preços com donos de postos. Dileno não justificou a falta para a comissão e pode ser penalizado.

 

A CPI dos Combustíveis dará continuidade aos depoimentos nesta quinta-feira (24), a partir das 14h, no Plenarinho da Assembleia Legislativa. Desta vez, serão ouvidos Carlos Moacir Lopes Fernandes, Otávio Ribeiro de Jesus Neto, Tiago Moraes Lima e Herberth de Jesus Costa dos Santos.


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