O deputado Neto Evangelista garantiu, na sessão desta segunda-feira (5), que o partido dele, o PSDB, cujo pré-candidato a presidente da República é o senador mineiro Aécio Neves, não é contrário ao Bolsa-Família. De acordo com o parlamentar, “o desespero do grupo da presidente Dilma começou a bater”, porque o PT estaria espalhando que os tucanos seriam contrários ao programa.
Evangelista acusou também a presidente de adotar medidas eleitoreiras, como a atualização do Imposto de Renda. “O time se desesperou e começou até a mentir nos meios de comunicação. Semana passada, nós assistimos, em rede nacional, a senhora presidente da República em um ato, que falei e reafirmo, de desespero por parte da presidente, de anunciar o aumento no Imposto de Renda, que só vai valer para o próximo ano, e um aumento de 10% no Bolsa-Família”, afirmou.
De acordo com o deputado, alguns meios de comunicação começaram a dizer que o senador Aécio Neves é contrário ao Bolsa-Família. “Como que um senador, pré-candidato a presidente da República, do PSDB, partido que iniciou os programas de transferência de Renda no Brasil, vai ser contra o Bolsa-Família? O que ele criticou, e o que eu critico, foi o aumento de 10% que sequer chega a R$ 83,00, que é o valor que a ONU estabelece com limite da linha de pobreza”, explicou.
Gardênia Castelo e André Fufuca fizeram apartes ao discurso do colega de plenário, elogiando o discursos e concordando que o Governo Federal teria congelado o valor dessa linha da pobreza, desde 2006, em R$ 50,00, mas, quando a presidente da República começou a cair em queda livre nas pesquisas de opinião pública para as eleições presidenciais deste ano, anunciaram o aumento.
Gardênia Castelo lembrou que o senador Aécio Neves possui projeto de lei apresentado no Congresso tornando o Bolsa-Família em programa de Estado e não de Governo, introduzindo o Programa do Bolsa Família na Lei de Diretrizes Orçamentárias, mas que o PT está obstruindo a votação. Já André Fufuca pregou a necessidade de haver mudança, com alternância na administração para permitir a melhoria de vida da população maranhense e do restante do país.
Ao finalizar, Neto Evangelista assegurou: “Gostaria de ter visto a mais no pronunciamento da presidente para o Maranhão era que ela dissesse que a Refinaria de Bacabeira ia funcionar. Que ela dissesse o que ela prometeu, em 2010, 400 mil empregos para os maranhenses, iriam virar realidade. Quem anda hoje, em Bacabeira, vê um cemitério de prédios iniciados por quem acreditou nesse projeto e agora abandonado pelos mesmos que caíram na descrença do Governo Federal”.
