População não pode ser penalizada com a situação do transporte, afirma Eliziane

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Assecom / Eliziane Gama
05/06/2014 16h04

População não pode ser penalizada com a situação do transporte, afirma Eliziane
Foto original

 

A deputada Eliziane Gama (PPS) destacou na manhã desta quarta-feira (04) que a greve dos rodoviários é um movimento que vai além do reajuste dos salários da categoria, pois o movimento já demonstrou que o sistema de transporte público está falido e precisa de soluções urgentes. Na tribuna, a parlamentar informou que além de São Luís, ocorreram manifestações de rodoviários em pelo menos outras 10 capitais brasileiras.  

 

“Precisamos entender que o movimento de paralisação não é o movimento exclusivamente de São Luís. Nós tivemos paralisação em 11 capitais brasileiras, porém, no Maranhão, em São Luís, já temos 14 dias, com paralisação total e com paralisação agora de 30%”, comentou.

 

De acordo com a deputada, nas demais cidades o movimento dos rodoviários não foi tão longo como em São Luís. “No Amazonas, a paralisação foi de um dia, Bahia com dois dias, Ceará com dois dias, Mato Grosso por quatro dias, Piauí por três dias, Rio de Janeiro por três dias, Santa Catarina por quatro dias e em São Paulo por dois dias”, completou.

 

Na avaliação de Eliziane, o problema vai muito além do que simplesmente o reajuste dos rodoviários. Segundo ela, é necessário encontrar soluções para melhorias no setor do transporte público. A deputada também lamentou os impacto e prejuízos no setor da economia na capital maranhense, por causa das mais de duas semanas de paralisação. 

 

“Acredito que nos próximos dias 100% da frota estará em circulação. Mas a pergunta é: o problema estará resolvido? Porque este não é um problema de hoje, mas um que já vem se arrastando realmente há muito tempo”, questionou.

 

Eliziane, que é de família simples, disse na tribuna que entende muito bem o que é passar pelo drama do transporte público. Ela falou da urgência de resolver estes problemas e buscar alternativas de transporte de massa. “Ontem uma pessoa me falou que nunca imaginou que teria tanta saudade daquele ônibus superlotado. E eu sei o que é isso, porque andei de ônibus a minha vida inteira indo para a escola e realmente é complicado você não ter condições de mobilidade”, contou.

 

A popular socialista finalizou o discurso destacando a importância da regulamentação do sistema de transporte e da revisão das concessões concedidas às empresas, e pediu sensibilidade para que a situação seja resolvida e a população não sofra mais danos.

 

“O Ministério Público entrou com uma ação civil contra o governo municipal, assinada por quatro promotores, uma ação já anunciada há muito tempo. A questão da concessão pública, que não é nem concessão, porque nem existe o marco regulatório para isso, não existe uma legislação que cria essas concessões, elas estão aí dadas e emitidas sabe-se lá como”, concluiu.


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