O deputado César Pires (DEM) anunciou, na sessão desta segunda-feira (16), que voltou a apresentar projeto de lei que obriga cada estudante do ensino fundamental a ler pelo menos dois livros de literatura nas escolas por ano. Disse que acrescentou ao projeto, desta vez, a possibilidade de inclusão de autor maranhense.
O parlamentar lembrou que há sete anos apresentou proposta semelhante, que foi rejeitada pelo Executivo, determinando que os alunos do ensino fundamental das redes estaduais, municipais e privadas leiam um livro, obrigatoriamente, durante o ano, e que, no final, seja submetido a um processo de avaliação.
Define também que na rede estadual, no ensino básico, que sejam lidos dois livros, por ano, um em cada período e também submetido a um processo de avaliação, dando preferência aos autores maranhenses.
“É uma forma de você aprimorar a leitura do nosso Estado. Na primeira vez, foi vetado, mas espero que dessa vez não o seja. Se alguém tiver uma sugestão para corrigirmos os nossos descaminhos no campo educacional, no campo da avaliação institucional, e, sobretudo, no campo da leitura, que me apresentem a sugestão”, pediu aos colegas de plenário.
César Pires afirmou que os alunos maranhenses não obtêm sucesso nas avaliações pelas quais passam por conta da ausência de leitura. “Se nós esperarmos que eles sejam motivados e animados pelo próprio sistema, por professores ou pela rede, fiquem certos de que isso não vai acontecer até porque nunca aconteceu em nenhum outro Estado da federação. Com essa propositura, estamos entregando ao sistema educacional a oportunidade de poder ter uma leitura no nível fundamental por ano e duas leituras de dois livros, valendo como nota essa interpretação no final da leitura, no ensino básico”, explicou.
De acordo com o deputado, “no Maranhão, a exemplo do que acontece no país, a partir do sistema de avaliação percebeu-se claramente tão fraco é o sistema educacional, sobretudo, no ensino básico, onde envolvem o ensino médio e o ensino fundamental”, a exemplo do PISA, que é uma avaliação internacional que inclui o Brasil como as avaliações institucionais que envolvem os municípios e as redes estaduais.
“Todos trazem dois elementos básicos no processo de avaliação, um é a matemática para a decodificação de problemas no campo matemático e aí vale um pouco para a física com o lastro da matemática; e o outro é no campo do Português, onde se envolve um processo de literatura com a decodificação de textos”, explicou.
