O deputado Hélio Soares (PMDB), na sessão desta quarta-feira, 18, voltou a chamar atenção sobre os prejuízos causados pela Vale do Rio Doce e a Suzano, ao desenvolvimento do Maranhão.
Segundo o parlamentar, os municípios, principalmente, os localizados na Região Tocantina, não recebem a contrapartida para minimizar os prejuízos causados pelas duas empresas. Nessa região, onde a agricultura e a pecuária sempre predominou, está sofrendo grande impacto devido à péssima conservação das estradas, bem como a falta de terrenos para que os agricultores possam plantar. Hélio Soares afirmou que boa parte daquela região já foi vendida e/ou alugada para a Vale do Rio Doce e a Suzano para a plantação de eucalipto.
“Eu tenho chamado atenção para um maior problema que nós vamos enfrentar daqui a curto espaço de tempo. Nós precisamos ter uma preocupação com o que exploram e com o que fica no Maranhão; saber quais são as mazelas deixadas e qual é o índice de compensação, pois, na minha avaliação, é muito ruim. Naquela região toda ninguém mais cria gado”, afirmou Hélio Soares, acrescentando ainda que a região de Chapadinha é um verdadeiro deserto.
Ao finalizar, Hélio Soares fez um apelo para que se dê a atenção devida ao disciplinamento da questão territorial de plantação de eucalipto e o desenvolvimento da agropecuária na Região Tocantina que, segundo ele, vai afetar o Maranhão inteiro.
“Precisamos encarar como desafio maior nosso e desta Casa, como vamos conviver com o desenvolvimento e a preservação, que são itens imprescindíveis à sobrevida da fauna e da flora. Nós estamos pensando só no desenvolvimento, mas temos que pensar qual é a parte compensatória que os nossos descendentes vão usufruir daqui pra frente”.