Projeto de Bira torna o dia 28 de agosto em feriado para os bancários do Maranhão

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Assecom / Bira do Pindaré
01/07/2014 18h03

 

Oprojeto de lei de autoria do deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), que institui o dia 28 de agosto em feriado os bancários do Maranhão, foi sancionado pelo Poder Executivo. O parlamentar ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã desta terça-feira (1º), para comemorar a conquista histórica da categoria.

 

“Fui presidente do Sindicato dos Bancários, é uma categoria centenária, presente em quase todos os municípios do Maranhão e uma categoria que trabalha incessante, a ponto inclusive de ser vítima de várias doenças ocupacionais”, destacou o socialista.

 

Bira lembrou que já existe Lei no mesmo sentido em Estados como a Paraíba e o Piauí. No Maranhão, outras categorias já têm direito a um dia de folga pelo trabalho que desenvolve na sociedade, é o caso, dentre outras, dos servidores públicos, comerciários e professores.

 

“Nada mais justo, correto e importante neste momento do que o reconhecimento a essa categoria pela sua perseverança, pela sua luta e pela sua importância junto a comunidade. É uma conquista histórica para os Bancários no Maranhão, essa lei que lhe garante o Dia Estadual dos Bancários como feriado bancário”, vibrou ele.

 

O presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), José Maria Nascimento, parabenizou a iniciativa do deputado e ressaltou que o feriado, data alusiva ao dia do bancário, é um reconhecimento à contribuição que a categoria proporciona ao crescimento do país e, sobretudo, do Maranhão.

 

O líder sindical frisou também que a conquista veio, apesar da pressão, exploração, doenças ocupacionais, assaltos, dentre outros males, a que são submetidos os bancários diariamente.

 

Vale ratificar que o próximo dia 28 de agosto será feriado e, por tanto, nenhum estabelecimento bancário poderá funcionar dentro do território maranhense.

 

HISTÓRIA

 

O dia 28 de agosto foi escolhido pela categoria pelo fato de ser uma data marcante para os bancários de todo o país, já que foi no dia 28 de agosto de 1951 que os bancários de São Paulo decretaram, em assembleia geral, uma greve de 69 dias, enfrentando a repressão do antigo DOPS e a pressão de outros sindicatos da categoria por não concordarem com uma contraproposta dos patrões, considerada como gorjeta, uma vez que os trabalhadores bancários reivindicavam 40% de reajuste, salário mínimo profissional e adicional por tempo de serviço enquanto os banqueiros excluíram os duas últimas e ofereceram apenas o reajuste com base nos índices oficiais do custo de vida.

 

Depois de muita luta, no dia 5 de novembro de 1951, a Justiça concedeu um reajuste de 31%, pondo fim à paralisação.

 


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