Comissão de Direitos Humanos recebe familiares do sargento Lima Filho

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Assecom / Bira do Pindaré
09/07/2014 15h25

Comissão de Direitos Humanos recebe familiares do sargento Lima Filho
Foto original

 

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Assembleia da Legislativa do Maranhão recebeu, na manhã desta quarta-feira (09), os familiares do sargento Lima Filho que foi morto em uma ação de uma guarnição da Polícia Militar do Estado. O sargento fazia parte do corpo da PM e estava trabalhando na Casa Legislativa.

 

O deputado estadual Bira do Pindaré (PSB), presidente da CDH, recebeu o senhor Benedito Gomes de Lima, pai da vítima, Beneilton da Silva Lima, Benilson da Silva Lima e Benelson da Silva Lima, irmãos do sargento. A família deu sua versão da ação que levou o sargento a morte.

 

Eles disseram que os fatos ocorreram por volta das 23h30min do último sábado (05), entretanto só tomaram conhecimento às 3 horas da manhã. A família afirma que a ação ocorreu na Avenida Daniel de La Touche, entre os semáforos que ficam em frente à Secretaria de Transportes do Município e o outro semáforo do Ipase.

 

Também lembraram que no local existem câmeras de segurança da Polícia Militar. Portanto, se forem divulgados vídeos, bastante informação sobre o que aconteceu será revelada. A família também questiona o que realmente motivou a ação da PM e se não houve uma confusão quanto ao carro que estava sendo perseguido.

 

Os familiares questionam a intensidade da ação e querem entender quem é o senhor Igor Fernando França Cutrim, que estava no carro, no banco de passageiros, o qual foi detido, ouvido logo depois pela polícia e até agora não teve contato com a família do sargento.

 

O despreparo dos 4 policiais que estavam na viatura, uma possível execução do sargento fora do seu veículo e a desconfiança de que nenhum disparo foi feito pela vítima de sua arma são outras dúvidas levantadas pela família. Os familiares destacam que no veículo do sargento não foi encontrada uma única gota de sangue, mostraram as fotografias de todos os ângulos e o veículo metralhado.

 

Segundo os familiares, o sangue está fora do veículo e o braço direito do sargento Lima foi dilacerado completamente. Então, eles entendem que se o sargento tivesse sido atingido dentro do veículo, o carro estaria completamente ensanguentado, o que não é o caso pelo que mostram as fotografias, o que leva a família a desconfiar que ele foi executado fora do veículo.

 

Para o deputado Bira, todas as questões devem ser investigadas pela Polícia Civil e uma reunião será agendada com o delegado designado para acompanhar esta investigação. A família também mostrou desagrado com colocações feitas por representantes da polícia, trazendo precedentes da história do sargento e tentando usar isso como justificativa para os acontecimentos.

 

“Se houve perseguição é possível identificar pelas filmagens como tudo aconteceu e eu espero que essas filmagens sejam urgentemente disponibilizadas à Polícia Civil e, dessa forma, a gente possa ter a verdade sobre o que aconteceu em relação ao confronto da guarnição da PM com o sargento Lima, que acabou falecendo”, cobrou Bira.


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