Eliziane destaca Projeto Salangô e pede apoio para produtores rurais

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Assecom/Eliziane Gama
18/11/2014 16h56

Eliziane destaca Projeto Salangô e pede apoio para produtores rurais
Foto original

 

A Presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Deputada Eliziane Gama (PPS), destacou na manhã desta terça-feira (18), a visita realizada ao Projeto Salangô, no Município de São Mateus. A parlamentar fez a visita técnica acompanhada pelo Prefeito da cidade, Miltinho Aragão; Técnicos da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa do Maranhão; Presidentes de Associações; entre outras autoridades locais.

 

Na tribuna, a parlamentar comentou que durante a visita, a comitiva observou equipamentos que foram se deteriorando ao longo dos anos e não foram utilizados pelos agricultores por causa da falta de continuidade do Projeto.

 

“Realizamos uma visita técnica ao Município de São Mateus, motivados por moradores e agricultores da cidade para conhecer o Projeto Salangô. Projeto que teve repercussão nacional e internacional, porque recebeu também recursos internacionais e que depois de décadas a fio, infelizmente, o que temos hoje é um amontoado de equipamentos”, enfatizou.

 

Ela esclareceu que o Projeto Salangô foi planejado para ser um dos maiores investimentos na agricultura de irrigação do Estado, direcionado aos pequenos produtores da região desde a sua concepção, ainda na década de 90. O projeto de 63 milhões de dólares, funciona de forma precária, sem a estrutura adequada.

 

Dos 2.600 hectares de terra fértil, apenas 600 estão sendo utilizados para a plantação de arroz através do sistema de irrigação por inundação. Nos depósitos, se constatou durante a visita um grande desperdício de materiais abandonados, há anos, como: Torneiras, canos e bombas, que deveriam ser utilizados no processo de produção.

 

“O Projeto originário recebeu recursos da ordem de quase R$ 200 milhões; infelizmente, acabou ficando no meio do caminho. Há uma tubulação feita de 54 km, e valas, ou melhor, áreas que foram realmente transformadas e canais de irrigação que foram iniciados, mas que infelizmente não foram concluídos, porque a parte final do projeto não foi executada”, disse.

 

A Deputada questionou a falta de continuidade da plenitude do Projeto e disse que apenas 20% do mesmo funcionam atualmente com a produção da monocultura de arroz. Ela lamentou a falta de licenças ambientais e cobrou que as Secretarias responsáveis tomem providências.

 

“O projeto não tem autorização da SEMA, ou seja, as licenças ambientais não foram emitidas pela falta de estudo técnico de impacto que infelizmente não foi realizados pela falta de recursos. Por isso, estamos encaminhando requerimentos a SEMA, a SAGRIMA e a SEDES que são as duas Secretarias que tocam realmente esse projeto”, informou.

 

Eliziane finalizou o discurso reafirmando o compromisso com os produtores rurais e reforçou que continuará trabalhando para que o Projeto se torne uma realidade no estado.

 

“Este Projeto não pode ficar esquecido no tempo, especialmente, porque o investimento inicial foi feito, e acredito que com determinação e com força de vontade será realidade no Maranhão. Estou finalizando o nosso mandato presidindo a Comissão de Meio Ambiente, estarei na Câmara Federal com a ajuda de Deus e lá nós vamos pedir para que os órgãos que sejam ligados a esta política possam fazer o acompanhamento”, concluiu.

 

O PROJETO

 

Salangô é um dos mais importantes projetos de irrigação do país, destinado exclusivamente aos agricultores familiares do Município de São Mateus, para a produção de grãos e cereais como: Arroz, milho, feijão, mandioca – gêneros alimentícios de primeira necessidade e de demanda comprovadamente insatisfeita. Implantado no ano de 1992 com recursos alocados do Ministério da Integração Nacional, pelo Governo do Estado do Maranhão, o projeto encontra-se agonizado, tendo em vista que não foi concluído, necessitando urgentemente da atenção do Governo Federal.

 

Hoje, o Salangô é um assentamento que abriga 437 famílias divididas em nove associações, sendo que destas, apenas duas estão em operação pela falta de assistência política.

 

 


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