História do Vinhais Velho é Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão

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Annyere Pereira/Agência Assembleia
20/11/2014 16h28

História do Vinhais Velho é Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão
Foto original

 

Em sessão extraordinária a Assembleia Legislativa aprovou por unanimidade o Projeto de Lei nº 140/2014, que considera Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão a história do bairro Vinhais Velho, em São Luís, por iniciativa do Deputado Bira do Pindaré (PSB). Agora o Projeto vai à redação final.

 

De acordo com o Deputado Bira do Pindaré, todo o patrimônio do bairro se encontra ameaçado pela construção da ‘Via Expressa’, que vem sendo realizada pelo Governo do Estado. Uma parte do traçado da Avenida em construção passa pelo antigo bairro e pode destruir o patrimônio histórico e arqueológico existente no local.

 

“Nesse sentido, essa iniciativa legislativa possui como objetivo proteger a memória da cidade de São Luís como o reconhecimento dos monumentos históricos e arqueológicos existente no Vinhais Velho como Patrimônio Cultural Imaterial do Maranhão”, afirmou o parlamentar.

 

Bira do Pindaré diz ainda que, reconhecer o bairro Vinhais Velho como Patrimônio Imaterial é muito importante, até para a referência do povo, “uma vez que, por ser uma das comunidades mais antigas do Maranhão, compõe nossa história, a nossa identidade”.

 

HISTÓRIA

 

O Vinhais Velho de São Luís é, segundo os historiadores, o bairro mais antigo do Maranhão. Foi ali que se verificou a primeira aprovação europeia no Brasil Setentrional. A sua aprovação remonta a meados de 1.500 quando ali habitava a tribo indígena ‘Tupinambá’ que, em 1.612 recebeu os franceses.

 

A Aldeia de Uçaguaba – Eaussoup – que ficava na região onde está localizado o atual Vinhais Velho, já existia, e era uma das maiores da Ilha. Quando do estabelecimento dos franceses da armada de Daniel de LaTouche, registra-se que DePiseux, ali se estabeleceu com a maior parte dos franceses e que já era conhecida como residência de David Migan, corsário de Dieppe, que aqui negociava como proposto, provavelmente do capitão Gerard ou mesmo de Riffault. Depois, ocupada pelas sucessivas turmas de padres – a começar por 1.617/1.919; depois 1.621, com a segunda turma. Estes Jesuítas lhe deram o nome de Aldeia da Doutrina.

 

Com a usurpação dos bens desses padres pela política do Marquês de Pombal, o local foi eregido a Vila com o nome de Vinhais – Vila Nova de Vinhais (1.757). Essa Vila substituiu como ‘Município’ independente de São Luís até 1.835, quando foi transformada em Distrito de Paz da Capital.

 

O Vinhais, ou Miganville, como chamava os europeus, foi a única povoação durante muito tempo entre o Rio Grande do Norte, onde havia o Forte dos Reis Magos e o Maranhão. Ao longo dos anos, os povos que ali habitavam, construíram um patrimônio histórico que existe até os dias de hoje. Merece destaque a Igreja de São João Batista (construída em 1.612, data da fundação da comunidade e de São Luís) e seu entorno, como, poços de água, dentre eles os de Dona Jansen, que abastecia a cidade, o cemitério que servia também os vilarejos, como, o Anil, Angelim e Tabocal.

 


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