Na sessão plenária desta terça-feira (9), os deputados estaduais Othelino Neto (PC do B) e Eliziane Gama (PPS) repercutiram o assassinato dos dois policiais militares, ocorrido no último domingo (7), no bairro da Forquilha e no Aterro do Bacanga, durante troca de tiros com criminosos.
Da tribuna, Othelino Neto lamentou o episódio. “Infelizmente vimos no final de semana mais um acontecimento triste envolvendo a dura realidade da violência em São Luís. Mais dois policiais foram mortos, vítimas da irresponsabilidade, vítimas da falta de uma política pública de segurança no Estado do Maranhão”.
No seu discurso, Eliziane Gama informou que com estes dois assassinatos, do sargento Sá e do aspirante Rocha, sobe para 15 o número de policiais militares mortos no Estado do Maranhão, do início do ano até agora. Para a deputada, é um dado de violência inaceitável.
“Se os militares estão morrendo, que têm um sistema de proteção muito maior até pela própria imposição que o cargo lhes dá, você imagina um cidadão que não tem arma, que não tem armamento, que está em casa às vezes vulnerável. Quando um militar sai de casa para o seu trabalho, as famílias ficam em casa sem saber em qual situação esse seu familiar vai voltar. Se vai voltar ferido, se vai voltar morto ou se vai voltar vivo. É uma triste realidade que não deve passar despercebida”, alertou.
A parlamentar acredita que uma política de segurança adequada desenvolvida pelo Estado poderia amenizar o grave problema.
“A culpa naturalmente é de um Estado falido. É de um Estado que não tem uma política de segurança à altura para o combate desses indicadores. Deveria haver uma política transversal e de um envolvimento dos entes que trabalham a segurança: Ministério Público, Tribunal de Justiça, Segurança Pública, Assistência Social, Corpo de Bombeiros, ou seja, precisaria de uma unidade de forças”, afirmou.
Com a transição de governo, Eliziane espera que a nova direção da Secretaria de Segurança Pública possa ter sabedoria, habilidade e coragem para enfrentar o crime no Maranhão.
Ainda no seu pronunciamento, a deputada fez uma denuncia. Segundo informações repassadas ao seu gabinete a “cabeça de um militar” estaria custando de 5 a 10 mil no mundo do crime. “Isso é grave, isso é sério, ou a Secretaria de Segurança Pública tem uma ação enérgica e forte de combate ao crime ou então todos nós estamos vulneráveis”.
Policiais militares mortos
O sargento da Polícia Militar Carlos Magno Pereira de Sá, conhecido como Sargento Sá, morreu após ser baleado em uma troca de tiros com criminosos, na noite desse domingo (7), na região da Forquilha, em São Luís. Foi o segundo policial militar morto durante o fim de semana, na capital maranhense.
De acordo com informações repassadas por policiais, o sargento chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal, Dr. Clementino Moura (Socorrão II), mas não resistiu e veio a óbito, no local.
Outro PM identificado como Sebastião Luís Rocha Neto, de 26 anos, havia sido morto na tarde de domingo (7) após reagir a um assalto na frente de um ponto de ônibus, no bairro Desterro, em São Luís.
O soldado chegou a ser levado para o Hospital Municipal Djalma Marques (Socorrão I), mas, não resistiu e morreu no fim da tarde. Um dos suspeitos também acabou alvejado e foi levado para o mesmo hospital.
