Cabo Campos repudia reportagem sobre violência e anuncia projetos

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Nice Moraes/ Agência Assembleia
25/02/2015 15h33

Cabo Campos repudia reportagem sobre violência e anuncia projetos
Foto original

 

O deputado Cabo Campos (PP), em pronunciamento na sessão desta quarta-feira (25), repudiou a reportagem exibida pela Rede Globo que, segundo ele, responsabilizou os policiais civis, militares e bombeiros como os grandes responsáveis pelo aumento da violência no país.

 

Ele enfatizou que a emissora classificou esses profissionais como bandidos, como pessoas que não têm coração, que maqueiam o local do crime.  “Quando um bandido encontra uma pessoa que não é investida da autoridade da farda, ele vai contra aquilo que o cidadão de bem tem – aparelho celular ou outro objeto -, mas quando ele vai contra o policial, vai contra aquilo que ele é”, afirmou o deputado Cabo Campos.

 

Também destacou que hoje pela manhã, em Brasília, o deputado federal Gonzaga liderou um ato de repúdio à emissora de TV. Na ocasião, também foi feita uma homenagem aos policiais que tombaram durante o ano passado. O soldado Leite foi o representante do Maranhão neste ato. 

 

MEDIDA PROVISÓRIA

 

O deputado parabenizou os seus colegas de plenário pela aprovação da Medida Provisória 185 que garante atendimento jurídico aos policiais e comunicou que está dando entrada em cinco Indicações e um Projeto de Lei que beneficiam os seus companheiros de farda.

 

As indicações são: seguro de vida para os agentes de segurança pública; adicional de insalubridade; carga horária de 40 horas; aumento no valor do salário família para todos os servidores públicos estadual; a construção de um condomínio na Região Metropolitana para os policiais militares. Também vai apresentar uma emenda pedindo a alteração do Artigo 95, da Lei 6.503/1995, que dispõe sobre licenças sem vencimentos dos servidores públicos da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros do Estado do Maranhão.

 

 “Nós temos que dar condições necessárias para nossos policiais poderem trabalhar com segurança. Existem colegas nossos que estão morando do lado de alguém do Bonde dos 40 ou do PCM. Quem patrulhou as ruas comigo sabe que existem policiais secando a farda dentro de casa, com medo, refém, pois a sua moradia já não é mais condigna à profissão que ele exerce”, disse o deputado, afirmando que já conversou com um dos prefeitos da Região Metropolitana para a doação de um terreno para que seja construído um condomínio para os policiais militares.

 

Em aparte, o deputado Júnior Verde (PRB), que também é policial civil, ressaltou a importância dessa medida em defesa dos servidores públicos. “Somos nós, policiais, que damos a vida pelo Estado que, às vezes, no momento em que mais precisávamos, éramos abandonados. Mas, hoje, com a aprovação dessa MP não tenho dúvida que qualquer cidadão - que tenha a sensibilidade - não vai de encontro a esta medida”, salientou Júnior Verde.

 

Hoje, para ter direito à licença sem vencimentos - concedida para tratar de interesse particular e autorização para afastamento total de serviço - o militar tem que passar dez anos de efetivo serviço, além disso, o prazo também não pode ser prorrogado. Mas, de acordo com a proposta do deputado Cabo Campos, esse prazo cai para dois anos e será concedida com o prejuízo da remuneração do ato do tempo de serviço, podendo durar até três anos, prorrogável mais uma vez por igual período.

 

AUMENTO SALARIAL

 

O deputado também lamentou que os militares tenham ficado de fora do reajuste salarial concedido pelo governo. “Infelizmente, o revanchismo e a mágoa nos deixou de fora do plano de cargos, carreiras e salários apresentado pelo então governo Roseana Sarney que concedeu 18% de reajuste aos funcionários públicos”, afirmou ele, frisando que há um clamor dos militares por um aumento também. “Ontem eu tive uma reunião com Felipe Camarão e, em breve, vamos reunir com as associações e as coisas vão avançar”, garantiu


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