Deputada Valéria Macedo defende candidaturas avulsas para mulheres

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Assecom/Deputada Valéria Macedo
10/03/2015 15h04

Deputada Valéria Macedo defende candidaturas avulsas para mulheres
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Em evento denominado "Tributo às Mulheres", realizado na manhã desta terça-feira (10), pelo Grupo de Esposas de Deputados (Gedema), na Assembleia Legislativa, a deputada Valéria Macedo (PDT) defendeu que na reforma política sejam garantidas candidaturas avulsas para mulheres como forma de viabilizar a presença feminina nos Poderes Legislativo e Executivo. 

 

Como uma das oradoras do "Tributo às Mulheres", a deputada Valéria reafirmou sua posição a favor das quotas de vagas para mulheres nos parlamentos, nos diretórios, executivas ou comissões provisórias de partidos políticos nas esferas federal, estadual e municipal.

 

“As quotas de candidaturas são um mecanismo que tem se mostrado de pouca eficácia e, sozinho, não tem conseguido diminuir a sub-representação da mulher na política. Os partidos, por outro lado, são geridos por homens e a participação das mulheres, quando existente, é meramente simbólica”, disse Valéria.

 

A parlamentar afirma que “vivemos em tempos difíceis, com crise de valores éticos, crise política e crise econômica que diminuem os postos de trabalho e ascensão social”.

 

Valéria destacou, ainda, a crise da baixa qualidade dos serviços públicos, as profundas desigualdades sociais e econômicas, a sub-representação da mulher no poder político e a violência doméstica como males da sociedade contemporânea. 

 

A deputada reconheceu que existem outros lugares piores para a mulher no mundo, e citou como exemplos a Índia, a China, o mundo islâmico e vários países da África, mas ponderou que o paradigma no qual a mulher brasileira deve mirar é o das mulheres na Europa Ocidental, dos EUA e do Canadá. 

 

A parlamentar conclamou todas as mulheres que tem alguma parcela de poder político, econômico, social, institucional ou de qualquer natureza que o use em favor das mulheres. “Podemos iniciar pela inserção na agenda política de valores muito cultivados por nós, mulheres, como a ética na política, a probidade na administração pública, a solidariedade e a sensibilidade na concepção e execução das políticas públicas sociais”, afirmou. 

 

Valéria entende que a participação da mulher no poder deve partir dos direitos fundamentais e sociais previstos na Constituição Federal de 1988, e que a luta deve ser no sentido de torná-los realidade social.

 

“A Constituição Federal diz que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, mas todos sabem que a práxis política e social maranhense e brasileira não é essa. Se somos iguais por que não chegamos ao poder na mesma proporção dos homens?”, questionou.  

 

A deputada chamou a atenção para o fato de as mulheres terem uma afinidade com “o campo dos direitos sociais” como as políticas sociais da saúde, da Educação, do Trabalho, da defesa das mulheres contra a violência, da defesa das crianças e dos adolescentes, do combate as inaceitáveis desigualdades de gênero.

 

“Acredito muito que a efetivação dos direitos fundamentais e sociais já inscritos na Constituição de 1988, a criação de quotas de vagas no Legislativo e nos órgãos partidários e a criação de candidaturas avulsas são mecanismos que seguramente podem ajudar a melhorar muito as nossas chances de chegar ao poder”, concluiu.

 

 

 

 


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