Relator da Comissão da Reforma Política defende mudanças no Sistema Eleitoral

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Nice Moraes/ Agência Assembleia
13/03/2015 17h51

Relator da Comissão da Reforma Política defende mudanças no Sistema Eleitoral
Foto original

Durante audiência pública realizada na manhã desta sexta-feira (13), no auditório Fernando Falcão da Assembleia Legislativa, o relator da Comissão da Reforma Política, na Câmara Federal, deputado federal Marcelo Castro (PMDB/PI), defendeu a necessidade urgente de mudanças no Sistema Eleitoral brasileiro objetivando atender, de fato, aos anseios da população.

 

Ele afirmou que, hoje, o poder econômico está sendo mais importante para o resultado eleitoral que a qualidade dos candidatos. Por isso, acredita que somente com a mudança do Sistema Eleitoral poderá haver a aproximação da classe política com o povo. Disse, ainda, que o poder econômico é importante, mas não deve ser determinante.

 

“Nós precisamos corrigir urgentemente o nosso Sistema Eleitoral que está exaurido; ele não consegue dar as respostas que o povo tanto precisa. Está havendo um distanciamento entre a classe política e o povo brasileiro”, disse, apontando pesquisa do DataFolha que afirma que 71% da população brasileira não tem nenhuma identidade com os partidos políticos; e que 70%, após as eleições, não sabem em quem votou na eleição passada.

 

Ainda de acordo com a pesquisa, o PT é o partido que tem mais simpatia do povo, com 12% de aceitação; seguida do PSDB, com 5%; do PMBD, com 4% e todos os outros partidos juntos, somam 4%. O levantamento diz ainda que os partidos políticos e o Congresso Nacional têm o menor crédito com a população. “Nós temos que lutar pelo aperfeiçoamento da Democracia para que os eleitos possam expressar a vontade do eleitor”, disse Marcelo Castro.

 

PROBLEMAS DO PAÍS

 

O deputado Marcelo Castro elencou quatro quesitos que julga serem os principais problemas do país: o custo exorbitante das campanhas eleitorais; a excessiva influência do poder econômico; o elevado número de campanhas eleitorais e o número exorbitante de marqueteiros. “Se votássemos no partido, a campanha seria partidária e, isso, reduziria gradativamente os custos da campanha”, acentuou.

 

O relator destacou três pontos importantes que devem ser trabalhados na reforma política: o aumento da participação da mulher na política; a manutenção do sistema proporcional e o fim do financiamento eleitoral por empresas privadas. Ele ressaltou que o Sistema Eleitoral que existe no Brasil é exclusivamente brasileiro.

 

Dentre as propostas apresentadas pelo relator constam: o fim da reeleição, inclusive para o Senado, com a sugestão de cinco anos de mandato; fim das coligações e correção dos gastos com marketing eleitoral. “Nós queremos que o Sistema Político brasileiro reformado possa respeitar, de uma maneira legítima, a vontade do povo; que os partidos políticos tenham filosofia para o eleitor votar no programa do partido e que não distorça a vontade popular”, finalizou ele.


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