Os deputados Roberto Costa (PMDB), Andréa Murad (PMDB) e Wellington do Curso (PPS) criticaram, na sessão desta segunda-feira (30), o reajuste de 16 por cento nas passagens de coletivos de São Luís concedido pela Prefeitura. Costa, que primeiro tratou do assunto, chegou a pedir a demissão do secretário de Transportes, Canindé Barros.
Roberto Costa chamou de abusivo o aumento e responsabilizou o secretário, mas pediu que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior o demitisse, se o reajuste tiver ocorrido sem seu conhecimento, como chegou a ser noticiado.
“Neste final de semana, toda população de São Luís foi surpreendida pelo anúncio do secretário de Transporte do munícipio, doutor Canindé, juntamente com o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes. Inclusive alguns blogs noticiaram que o prefeito Edivaldo Holanda Júnior não teria tido conhecimento, pois teria sido uma decisão unilateral do Canindé Barros. Eu não quero acreditar nesta hipótese porque, se foi uma decisão unilateral, só resta ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior demitir o secretário, porque nós não podemos admitir mais uma vez que a população de São Luís seja penalizada”, afirmou.
Depois foi a vez de a deputada Andréa Murad criticar a medida adotada pelo município e garantiu que “o governador, sabendo que pegou mal o aumento da tarifa, simplesmente largou Edivaldo Júnior sozinho nesse barco, porque tudo dele é uma ação midiática. Então, se a população não aceita, ele quer fingir que também não aceita e que de nada sabia, quando, na verdade, ele sabia sim do aumento das passagens, ele tinha consciência do que ia acontecer”.
A deputada voltou a fazer duras críticas ao governador Flávio Dino e ao prefeito. “São Luís está sem prefeito, o Maranhão daqui a pouco também não vai ter governador, porque o resultado da péssima avaliação de Edivaldo Júnior é fruto de Flávio Dino, da política de Flávio Dino, da forma como eles orientaram para que Edivaldo Júnior conduzisse a prefeitura”, garantiu.
O terceiro a se manifestar foi o deputado Wellington do Curso, que falou sobre o tema e anunciou que entrou com uma ação popular na Justiça contra o reajuste. “Mais de 600 mil ludovicenses utilizam o transporte coletivo e na sexta-feira foi anunciado um assalto contra o usuário de transporte coletivo”.
Ele complementou: “passamos a ter a quinta maior tarifa de transporte coletivo do país, o que é inadmissível, já que nós tivemos o aumento em junho do ano passado. Em menos de nove meses, nós tivemos aumento de 23% e agora outro aumento de 16%. Juntando os dois ficando em média de 39% de aumento de uma passagem, de uma tarifa que é uma das mais caras do país”´.
