Andrea protocola representação contra nomeação de 'ficha suja'

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Assecom/Gab.Deputada Andrea Murad
07/04/2015 16h43

Andrea protocola representação contra nomeação de
Foto original

 

A deputada estadual Andrea Murad (PMDB) protocolou representação na Procuradoria Geral de Justiça contra o governador Flávio Dino  e o chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares. A deputada pede à PGJ que apure a conduta qualificada como improbidade administrativa praticada por Flávio Dino e Marcelo Tavares, referindo-se à nomeação de Luiz Júnior, hoje exercendo o cargo de Superintendente de Acompanhamento à Rede de Serviços da Secretaria de Estado da Saúde. 

 

Um dos fatos da representação trata-se do ato de nomeação que teria ocorrido em 16 de março. Segundo a deputada, Luiz Júnior já vinha exercendo o cargo de chefe da rede desde o início de janeiro, conforme publicação no diário oficial o nomeado com efeitos retroativos a 1º de janeiro. “Ou seja, Luiz Marques Barbosa Júnior esteve exercendo o cargo de Superintendente de Acompanhamento à Rede de Serviços sem qualquer nomeação para a função, uma flagrante ilegalidade que durou mais 70 dias”, disse a deputada.

 

Segundo Andrea Murad, o ato de nomeação fere os princípios da legalidade e moralidade, já que Luiz Júnior exercia um cargo público informalmente.

 

"Os atos praticados por ele antes da sua nomeação não podem ter validade, pois são considerados inexistentes. Ou essa nomeação tem a finalidade de legitimar os atos indevidos de Luiz Júnior ou tem o propósito de pagar os salários dos meses de janeiro e fevereiro, indevidamente. Outro fato que incluí na representação foi nomear alguém que é incapaz de gerir recursos públicos da saúde porque Luiz Júnior foi condenado pelo TCE por desvios de verbas", esclareceu a parlamentar.

 

Sobre os supostos “aliados fichas sujas” de Flávio Dino, Andrea Murad reforçou em seu discurso que a recente Superintendência de Combate a Corrupção deveria se debruçar também nos casos presentes no atual governo, citando como exemplos supostos casos de corrupção envolvendo as famílias de Rodrigo Lago, Secretário de Transparência, e Davi Telles, atual presidente da Caema. Com a representação junto ao PGJ, a parlamentar disse esperar a exoneração de Luiz Júnior.

 

"Eu vou bater nessa tecla sempre, porque não acredito que o Governo do Estado ache correto manter um condenado chefiando a rede de saúde. Não é possível que não irá tomar uma providência. Acho muito engraçado toda esta Casa se ofender quando se fala alguma coisa contra alguém do grupo que se faz parte. Quando o governador chama alguém do lado de cá de criminoso, isso não é insulto.  Mas é insulto eu pedir que se investigue aliados do Governador. Se responde processo, investiguem, investiguem os de cá, mas investiguem os de lá também. Esse é o normal, é o correto e é o justo", criticou Andrea Murad.


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