A deputada Andréa Murad (PMDB) protocolou requerimento solicitando à Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa do Maranhão, visita ao Hospital Macrorregional de Coroatá, onde ocorreram 5 mortes na UTI da unidade por suspeita de queda no fornecimento de oxigênio a pacientes.
Segundo a parlamentar, durante reunião da Comissão nesta terça-feira (05), existem informações desencontradas que precisam ser esclarecidas e a visita ao local poderá ajudar a entender o que ocorreu no hospital. Ela distribuiu aos membros da Comissão o relatório de um funcionário da unidade onde nega a versão do governo do Estado e narra a tragédia ocorrida no município.
"Eu acho que não tem razão, nenhum requerimento, de nenhum deputado que seja desta Casa de fazer visita a um hospital, como no caso de Coroatá ou na maternidade de Caxias, não ser aprovado. Precisamos aqui agir a favor da população e não a favor de quem não quer a visita nessas unidades, sabe- se lá a razão. Eu espero que esse requerimento seja aprovado. Se não aprovarem o requerimento da Comissão de Saúde, eu, como deputada e como membro da Comissão de Saúde, vou sozinha e trago o relatório. Tanto em Caxias quanto em Coroatá", disse a parlamentar.
No plenário, a deputada leu o relatório do funcionário Daniel Sousa da Silva, do setor administrativo do hospital de Coroatá, onde detalha o que ocorreu na unidade dia 18 de abril. Segundo o relatório do funcionário, "colaboradoras do setor UTI NEO comunicaram que o alarme acionou a queda de oxigênio" e que às 4h57 ele ligou para os responsáveis da empresa RD Tecnologia e Serviços LTDA, tentou localiza-los, porém não foram tomadas providências imediatas. Ainda pelos relatos do funcionário e lido pela deputada Andrea Murad, houve negligência. Ela também criticou o governo do Estado pelo descaso com as mortes em Coroatá.
"O relatório diz que houve queda de oxigênio em Coroatá e que as mortes foram causadas por esse problema na UTI do Hospital Macrorregional de Coroatá, resultando no falecimento de cinco pessoas. É isso que estou querendo alertar o governo do Estado, para que mais situações como essa não ocorram. Que o governo tenha pelo menos a humildade de reconhecer os seus erros, dizer e se importar com a vida humana, dizer que pelo menos vai investigar e averiguar. A comissão precisa ficar atenta para esse tipo de caso, entender o ocorrido e se houve negligência, que os culpados sejam punidos".
