Paulo Neto e Zé Inácio ressaltam o Dia Nacional do Tambor de Crioula

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Nice Moraes/Agência Assembleia
18/06/2015 20h46

 
 
Os deputados Paulo Neto (PSDC) e Zé Inácio (PT) destacaram, na sessão desta quinta-feira (18), o dia do reconhecimento do tambor de crioula, do Maranhão, como patrimônio imaterial do Brasil, comemorado hoje.  
 
 
Ao saudar a área quilombola do município de Mata Roma, Paulo Neto lembrou que esse reconhecimento, pelo Ministério da Cultura, aconteceu em 1988, na gestão Gilberto Gil. “Este é um dia especial para o Maranhão, que teve como ícone principal, o maestro Filipe. Parabenizo essa dança que é o tambor de crioula do Maranhão patrimônio imaterial do Brasil”.
 
 
Zé Inácio registrou a luta de resistência do povo negro que, por muitos anos, foi proibido de se manifestar através da cultura e suas crenças. “Hoje é o Dia Nacional do Tambor de Crioula. Faço esse registro em homenagem às resistências das comunidades negras em nosso estado. Quero dizer que a luta continua e a resistência, também. Nós esperamos que haja um dia efetivamente que tenhamos uma sociedade libertadora para que o povo negro permaneça na luta, continuando este enfrentamento, porque aí teremos, sim, uma sociedade nova, que todos nós pensamos e desejamos para o nosso Estado e para o nosso país”, enfatizou o deputado.
 
 
Zé Inácio ressaltou ainda que o Maranhão tem a segunda maior população negra do país, talvez por isso, lembrou ele, a influência da cultura africana seja tão presente na culinária, nas expressões e nas manifestações folclóricas. E, um exemplo dessa herança cultural, é o tambor de crioula.
Origem
 
 
O tambor de crioula - que é uma dança de origem africana praticada por descendentes de escravos africanos no Maranhão em louvor a São Benedito, um dos santos mais populares entre os negros - é uma dança alegre, marcada por movimentos dos brincantes e muita descontração; dança circular, canto e percussão de tambores geralmente, destinados ao pagamento de promessa ao santo negro, Santo São Benedito.  
 
 
Não existe um dia determinado no calendário para essa dança que pode ser apresentada, preferencialmente, ao ar livre em qualquer época do ano. Atualmente, o tambor de crioula é dançado com maior frequência no carnaval e agora nas festas juninas.
 
 
No Maranhão, existem diversos grupos como, por exemplo: Tambor Alegria do Maranhão, do mestre Apolônio Melônio, que faleceu recentemente; Dominador da Ilha; Fé em Deus; Santa Fé; Um canto de Amor a São Luís; Encontro de São Benedito; Santa Bárbara; Turma dos Crioulos; Arte Nossa; Sandálias de São Benedito e, Mestre Amaral, da Baixada Maranhense. 

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