Linchamento é reflexo de insegurança e indignação popular, diz Andrea Murad

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09/07/2015 18h07 - Atualizado em 11/07/2015 08h46

 

A deputada Andrea Murad (PMDB) destacou na tribuna que os linchamentos que estão ocorrendo em São Luis são reflexos do sentimento de insegurança da população que tenta fazer justiça com as próprias mãos.

 

 

Esta semana, uma pessoa morreu e duas foram agredidas em casos de linchamento. Segundo a deputada, as agressões ganharam repercussão nacional com o caso de Cledenilson Pereira morto na segunda-feira (6) por populares quando tentou assaltar um bar no bairro São Cristóvão. Quarta e quinta mais dois casos foram registrados.

 

Ela repercutiu ainda o editorial da Folha de São Paulo desta quinta-feira (9) que relatou que os moradores "preferiram descontar sobre o ladrão toda a sua carga de revolta - originária, sem dúvida, das péssimas condições de segurança e de vida que se conhecem em qualquer localidade pobre do Brasil".

 

"Temos que prestar atenção e ver é que o Maranhão virou terra de ninguém, terra sem lei. As pessoas sabem que não podem mais contar com a segurança pública, não têm como contar com o Estado, e aí querem fazer justiça com as próprias mãos, já que o Estado do Maranhão não cumpre com seu papel mantendo na Segurança Pública estadual um secretário que já demonstrou não ter mais condições de permanecer no comando da segurança porque não está conseguindo controlar a onda de violência no Estado", disse a deputada.

 

A deputada relembrou o caso do Coroadinho, onde dezenas de famílias deixaram suas casas escoltadas pela polícia por causa das facções criminosas na região e mais uma vez criticou a falta de ação da segurança pública do estado que deveria conter cenas de barbaridade como se assistiu em todo Brasil esta semana.

 

"Será que é normal as pessoas saírem de suas casas para os bandidos assumirem o seu lugar? É normal agora a população linchar as pessoas no meio da rua porque o governo do estado, através da Segurança Pública do Maranhão, não cumpre com seu papel? Ora! O que as pessoas devem estar pensando? Eu vou me defender, defender os meus, defender minha vida, já que não podemos contar com a segurança do governo do estado. É errado? É errado! Se eu concordo? Eu não concordo! Mas isso é revolta e a polícia do Maranhão precisa agir para dar segurança às pessoas para isso não acontecer", discursou.


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