Em pronunciamento feito na sessão desta quinta-feira (01), o deputado Raimundo Cutrim (PCdoB) fez uma retrospectiva das cidades mais violentas do Brasil, dando referência especial para São Luís, que está no 3º lugar do ranking, segundo relatório do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Raimundo Cutrim lembrou que, em 2013, São Luís era a capital mais violenta do Brasil e a 15ª do mundo. Em 2014, passou para a 4ª mais violenta e a 10ª do mundo e, hoje, pelos novos estudos do Fórum, São Luís ocupa a terceira posição da capital mais violenta do Brasil, estando à frente de Fortaleza e Maceió. Anteriormente, João Pessoa, Maceió e Fortaleza ocupavam a terceira posição; São Luís, a quarta e, Natal, encontrava-se na quinta posição.
Ele afirmou ainda que, em 2005 e 2006, São Luís era a terceira cidade menos violenta do Brasil. Em primeiro lugar, a menos violenta era Santa Catarina, depois vinha Natal e Rio Grande do Norte, que ocupavam o segundo lugar. Nos anos de 2001, 2002, 2003 e 2004, São Luís era a capital que com o menor índice de violência, sendo que, em 2005, ficou em terceiro lugar,
“Hoje somos a terceira capital mais violenta do Brasil. Eu fico muito triste com essa situação. O secretário anterior destruiu o sistema de segurança pública que estava em uma situação privilegiada e veio até o fundo do poço”, afirmou Raimundo Cutrim.
Cidades mais violentas
Ao fazer uma retrospectiva dos dados do Fórum realizados há dez anos, Raimundo Cutrim lembrou que as capitais mais violentas do Brasil eram Vitória, Recife e Rio de Janeiro, seguido de São Paulo, que encontrava-se em quarto lugar. Hoje, Vitória, ocupa a 14ª posição; em seguida, Recife com a 18ª e, o Rio de Janeiro com a 23ª. São Paulo, segundo os estudos do Fórum, hoje é o estado menos violento do Brasil, proporcional a cada cem mil habitantes.
“Em São Paulo - que era a quarta cidade mais violenta do país - houve um trabalho muito grande no sistema de segurança pública, assim como no Rio de Janeiro que se encontra em uma situação privilegiada, ocupando o 23º lugar”, enfatizou o deputado.
Caso Décio Sá
Raimundo Cutrim também afirmou que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal para que o caso Décio Sá seja reaberto. Ele acentuou que até hoje o que se sabe é quem que morreu e quem matou, mas quem mandou matar o jornalista, ainda há um ponto de interrogação.
“Essa história precisa ser colocada a limpo, pois o que se vê é uma conivência do Poder Judiciário, do Ministério Público e da própria Secretaria de Segurança Pública em não querer investigar esse fato que até hoje se encontra com a interrogação sem saber quem mandou matar o Décio Sá. Eu vou recorrer da decisão. Vou até o Conselho Nacional, vou até o Superior Tribunal Federal para que alguém possa olhar esse caso e investigar novamente, apurar contra aquelas pessoas que armaram toda essa situação”, finalizou Raimundo Cutrim.