Discurso de diretor da Assembleia emociona convidados durante sessão solene

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Agência Assembleia
15/10/2015 13h40 - Atualizado em 15/10/2015 14h17

Discurso de diretor da Assembleia emociona convidados durante sessão solene
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O discurso do diretor de Comunicação da Assembleia Legislativa do Maranhão, Carlos Alberto Ferreira, proferido durante a sessão solene que lhe concedeu o título de Cidadão Maranhense nesta quarta-feira (14), emocionou os convidados que lotaram o plenário Nagib Haickel. A plateia, constituída por empresários, prefeitos, deputados, secretários de Estado, servidores, amigos e familiares, ouviu o homenageado relatar momentos de sua vida pessoal e profissional e palavras de gratidão, lealdade e amor aos amigos que o acompanharam desde a sua chegada ao Maranhão.    

O discurso segue, abaixo, na íntegra:  

 

“Excelentíssimo Senhor Presidente, Deputado Humberto Coutinho, em cujo nome cumprimento a todos os membros da mesa diretora desta casa.

Excelentíssimo senhoras e senhores deputados, com quem tenho a honra de compartilhar diariamente a tarefa de divulgar o trabalho de cada um.

Excelentíssimo Senhor Bira do Pindaré, em cujo nome cumprimento todos os membros do governo estadual que me honram com sua presença, como os amigos Secretário de Comunicação Robson Paz e dos Esportes Márcio Jardim e o Presidente da Caema Davi Telles.

Excelentíssimo Senhor Léo Coutinho, a quem agradeço a honrosa presença e em seu nome cumprimento todos os prefeitos e ex-prefeitos que hoje se deslocaram de suas comunidades para nos honrar com sua presença,

Excelentíssimos Senhores Chiquinho Oliveira e Roberto Albuquerque, em cujos nomes saúdo os amigos e colegas empresários das diversas áreas da produção industrial, da criação intelectual, e da capacidade comercial tanto do interior como da capital.

Excelentíssimo Senhor Vinicius Machado, amigo de mais de duas décadas, diretor administrativo desta casa, em cujo nome cumprimento todos os demais diretores da Alema que aqui vieram nos honrar com sua presença.

Excelentíssimos senhoras e senhores, meus amigos e minhas amigas a quem agradeço do fundo do coração por aqui estarem, pois sei que fizeram sacrifício pessoal e profissional para aqui comparecerem.

Excelentíssimo Senhor Jorge Vieira, Presidente do Comitê de imprensa desta casa, em cujo nome cumprimento todos os jornalistas que militam no cotidiano deste poder e que com sua competência levam a todos os cidadãos do maranhão e do mundo a história viva de nossa terra.

Exma. Senhora Jornalista Jaqueline Heluy, em cujo nome cumprimento todos os servidores do complexo de comunicação a quem tenho a honra de comandar e aprender diariamente com a competência e dedicação de cada um.

Exmo. Dra. Patrícia Maruska, em cujo nome cumprimento todos os servidores deste poder de quem, do auxiliar de serviços gerais aos diretores, privo do carinho e gentilezas diárias.

Senhor Presidente, a gente não escolhe onde nasce, esta é uma decisão dos nossos pais, mas escolhe o lugar que vai viver, morar, constituir família, ter nossos filhos.

Nasci na pequena cidade de Caravelas, estado da Bahia, onde de julho a novembro, todos os anos, a natureza nos brinda com a emersão das elegantes e maravilhosas, além de dóceis, baleias jubarte, que escolhem a costa do arquipélago dos abrolhos para se reproduzirem. Estes cetáceos, Sras. E Srs. viajam oito mil quilômetros, desde a Antártida, para trazer ao mundo, aqui no Brasil, no sul da Bahia, seus filhotes – assegurando a perpetuação da sua espécie.

Na Bahia, Sr. Presidente, terra que V. Excia. conhece tão bem, afinal foi lá que conheceu sua grande paixão, sua colega de profissão e companheira permanente da vida,  a então estudante de medicina Cleide Barroso, na honorável Faculdade de Medicina, da Universidade Federal daquele rincão; pois bem como dizia, na Bahia Senhoras e Senhores, hoje sou um estrangeiro e por circunstancias da vida, tive a sorte de milhões de nordestinos, quando migrei para a selva de pedra conhecida como cidade de São Paulo.

Com a morte prematura do meu pai, minha mãe foi para o “cabo da enxada” numa pequena propriedade que tínhamos, com o único compromisso de não faltar o alimento em nossa mesa, mas, sobretudo, para que nenhum filho deixasse de frequentar a escola. À minha mãe devo tudo e a ela faço minha mais profunda homenagem. As mães, como sabem todas as mães aqui presentes, fazem por seus filhos tudo que podem e até o que não podem, cristalizando uma amor impossível de definir. Mesmo com o sacríficio da minha mãe, não nos restou outro caminho senão a partida da pequena cidade baiana para a megalópole paulista: era a rota da sobrevivência.

Em São Paulo, criança e adolescente, vivendo na periferia da Freguesia do Ó, tive contato com a política, através de um núcleo de uma Comunidade Eclesial de Base. Nosso pároco, Pe. Patricio, irlandês egresso do IRA, nos conduziu para o PCBR – Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, dissidência do então PC do B, e quando participamos da primeira reunião da célula do partido, camarada Robson Paz, fiquei com muito medo porque tinham me feito crer  que comunistas comiam criancinhas.  Mas, agradeço a Deus por ter começado minha vida política naquela comunidade de Vila Penteado, na sofrida e violenta Freguesia do Ó, da cidade de São Paulo.

Mesmo vivendo metade da minha vida naquele extraordinário aglomerado urbano, onde me tornei adulto - não posso afirmar que cresci, já que minha estatura denuncia o contrário - desenvolvi algumas capacidades intelectuais – pequenas é verdade – e frequentei as escolas de nível técnico e superior na Universidade do Estado de São Paulo - Unesp e na Pontifícia Universidade Católica – PUC,  me formei profissionalmente e construí minha consciência política e de cidadania. Apesar de tanta história,  nunca me senti paulistano. Sempre me senti um estrangeiro em terras paulistanas.

Finalmente migrei para São Luís, onde estou há mais de duas décadas e aqui sempre me senti maranhense. Por escolha, por paixão, por encanto, por amor eu me tornei maranhense.

O título que Vossas Excelências generosamente me concedem encheu meu coração de alegria. Aqui, o lugar que escolhi para viver, conquistei riquezas ilimitadas como meus filhos, Júlia, acadêmica de comunicação na mesma universidade paulista (Unesp), onde estudei, e Pedro Antunes, acadêmico de direito da UFMA, a mesma universidade na qual a mãe deles é professora.  A presença de ambos aqui me dá uma felicidade igualmente ilimitada, e publicamente lhes declaro um amor incondicionalmente ilimitado e, ao citá-los, saúdo meus familiares aqui presentes.

Cheguei ao Maranhão após uma experiência política-administrativa no governo da cidade de São Paulo, administrada pela excelentíssima Senhora Prefeita Luiza Erundina, hoje deputada federal das mais respeitadas do país. Antes, fui analista de sistemas de um grande conglomerado financeiro e depois militei no movimento sindical. Fui diretor e presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, e ainda diretor da Companhia Municipal de Transportes Coletivos, empresa com 35 mil funcionários e orçamento então equivalente ao do Estado do Maranhão.

Vim pra cá acompanhar minha então companheira, que concluíra cursos de mestrado e doutorado na Universidade de São Paulo - USP e tinha obrigação contratual com a Universidade Federal do Maranhão. À Dra. Márcia Maria Correa Rego, mãe dos meus filhos, rendo todas as homenagens e agradeço profundamente a ela,  cientista, pesquisadora do CNPQ e professora de entomologia da UFMA, por me trazer para o Maranhão.

Aqui comecei um pequeno negócio, que depois se tornou referência na indústria gráfica e na área de marketing eleitoral e fiz muitos amigos. Começo pelo mais ilustre de todos, o excelentíssimo senhor governador do Estado Flávio Dino de Castro e Costa, sua esposa Daniela, sua ex-esposa Deane, assim como toda sua família, Nicolau e Sálvio Júnior, além da sua genitora a generosa Dona Rita Castro e seu pai o doutor Sálvio Dino. Lembro-me dos nossos filhos jogando bola no quintal de nossas casas, onde também praticávamos, a duras penas, nossas peladas e dos aniversários que alegremente comemorávamos nas vésperas do Natal em pelo menos 12 anos seguidos.

Sras. e Srs. deputados, este breve relato é para vos dizer que a minha maior honra é privar da amizade pessoal do Doutor Humberto Coutinho, excelentíssimo presidente desta Casa, e aqui peço vênia a todos às senhoras e senhores para fazer uma rápida inflexão sobre a convivência de 20 anos que tenho com o Grandão, como o chamamos em Caxias. 

Cumprimentar Dr. Humberto como Excelência não é apenas uma obrigação protocolar pela honorabilidade do cargo que exerce, mas principalmente, pela excelência de pessoa com quem, ao longo destas duas décadas, tive a honra de compartilhar momentos extraordinários e de muitas vitórias, especialmente a vitória da vida, quando com sua força física e espiritual, a força da família e dos amigos venceu e está vencendo uma enfermidade, que em muitos momentos nos parecia impossível superá-la. 

Esta vitória é maior do que todas as campanhas eleitorais que tive o prazer de dirigir nas eleições para prefeito de Caxias e deputado estadual.

Vivi parte desta quadra de sua vida, Sr. Presidente, muitas vezes chorei e mesmo não sendo um crente, orei ao lado de uma mulher extraordinária, a quem o pronome de excelência é insuficiente para descrevê-la em toda sua grandeza de espírito, religioso ou público. Dra. Cleide Coutinho, minha eterna deputada e amiga de todas as horas, é destas pessoas que só conhecendo de perto para entender como alguém com tantos afazeres pode ter tempo para se preocupar, em detalhes como a saúde, o bem-estar, a tranquilidade material dos amigos e mesmo daqueles que ela não conhece.  Se existe um lugar chamado paraíso após a vida, doutora Cleide, você já tem a escritura de um latifúndio lá, por tanta generosidade que exerce aqui na vida terrena.

E aqui, mesmo não crendo como falou Vinicius de Moraes, agradeço a deus por ter tido a oportunidade de conhecer e compartilhar a vida deste casal que, em tudo, exala maravilhosas excepcionalidades.

Senhoras e Senhores, não pretendo cansá-los com um discurso longo. Talvez minha colega e amiga Aristéia me repreenda por chamar a todos de excelência, já que não é este o tratamento cerimonial que se recomenda, exceto aos que por força do cargo assim é exigido. Mas, neste momento especial da minha vida, meus amigos são excelências e assim os tratarei, pois ser maranhense é ter a alegria e a honra de ver neste plenário Dona Dadá e dona Zezé, funcionárias que por muitos anos trabalharam na minha empresa e que com muito carinho, humildade e boa vontade enchia o nosso ambiente de alegria e felicidade.

Dona Dadá é a mais bem acabada expressão da grandiosidade humana. E quem a conhece sabe do que estou falando. Agradeço-lhe, Excelentíssima dona Dadá e dona Zezé, por tanto cuidado que sempre tiveram comigo e por tanta alegria que espalham ao seu redor.

Recebo este título, pela iniciativa carinhosa, gentil  e generosa do Deputado Júnior Verde e concordância de Vossas Excelências, não pelas minhas virtudes, poucas,  mas pela qualidade da equipe que comando nesta casa no complexo de comunicação. E quero dividi-lo com todos, não lhes cansarei citando cada um nominalmente, mas escolho a multimídia Denise Araújo, que trabalha comigo há mais de 12 anos e hoje faz o programa Direto da Assembleia, dentre outras atividades, como representante de todos os jornalistas, cinegrafistas, editores, repórteres, secretárias, técnicos, engenheiros que fazem aquilo que o deputado Wellington do Curso chamou de comunicação perfeita e que o deputado Adriano Sarney qualificou de isento, republicano e comprometido profissional e respeitosamente com todos os deputados desta casa.

Muito obrigado senhoras deputadas, a quem em nome de sua determinação cumprimento a Deputada Andréia Murad, mesmo discordando das suas colocações, admiro-a pela combatividade. Recorro-me ao grande jurista Sobral Pinto que afirmava, citando o grande filósofo francês Voltaire “Nao concordo com uma palavra do que dizes, mas defendo até a morte o teu direito de dize- las”, na célebre defesa do grande líder comunista Luís Carlos Prestes.

As mulheres que embelezam este parlamento o fazem muito menos por seus atributos físicos e mais pela sua capacidade intelectual e política, visível no trabalho, gentileza e graça que ao lado das deputadas Ana do Gás, Valéria Macedo, Nina Melo, Graça Paz e Francisca Primo, tornam este plenário menos vetusto e mais pleno da generosidade feminina e engrandecem esta casa como o fizeram no passado recente deputadas da grandeza política e moral como as ex-deputadas Cleide Coutinho e Helena Heluy, dentre outras. Dra. Cleide e Dra. Helena, mesmo representando espectros ideológicos antagônicos exerceram com elegância, respeito  e combatividade, a mais nobre ação  parlamentar.

Senhor presidente, compartilho com alguns deputados o prazer de muitos hobbies. Com o Venerando Deputado César Pires, nosso mestre, tenho tentado com sua bondade e compreensão exercer a veleidade intelectual quando trocamos livros e fazemos análises dialéticas da história. Vivo, ainda que de forma diletante, discutindo a conjuntura política e econômica do estado e do país com os jovens, promissores e brilhantes deputados Marco Aurélio, Eduardo Braide, Othelino Neto, Souza Neto e Alexandre Almeida que muito me ensinam. Aprendo muito quando cada um me dá a honra de saborear seu conhecimento e sabedoria. É bom também conviver com a experiência e sabedoria dos deputados Stenio Resende, Rigo Teles e Levir Pontes, além da figura esfuziante do Deputado Cabo Campos e a placidez da fé que emana do Deputado Edvaldo Holanda.

Sras e Srs. Minha trajetória de vida não pode excluir a militância partidária, Deputado Zé Inácio e companheiro Márcio Jardim, que fiz no Partido dos Trabalhadores, onde fui fundador e dirigente municipal em SP e São Luís. Do PT me afastei porque, infelizmente, setores deste partido se afastaram dos ideais que tínhamos quando da sua fundação, no distante ano de 1982 onde sindicalistas, clérigos, trabalhadores e pessoas de fé acreditavam num país novo, justo e mais igual. Mas por dever da verdade, registro que este partido realizou os maiores ajustes sociais e estruturais que este país já teve e que tanto precisava, ao mesmo tempo que rejeito a demonização do PT, porque nem todos os filiados a este partido, merecem a demonização que hoje lhe dirigem.

Srs. Deputados, Sras. Deputadas. Estou feliz de registrar a presença de amigos de Codó, como Pedro Belo, vereador de fibra e coerência além de Francisco Nagib, ambos jovens e promissores políticos daquela bela cidade, e do venerável Biné figueiredo, com quem compartilhei e tive a honra de comandar a vitoriosa campanha eleitoral de 2004.

Meu coração bate feliz pela presença de muitos, que comigo construíram uma carreira na televisão maranhense, em Imperatriz e Caxias. Às margens do Tocantins reconstruí a TV Band e ao leste, às margens do Itapecuru  criamos o Canal 11, então TV Difusora Caxias, Hoje TV Sinal Verde. Agradeço a todos e os cumprimentos na pessoa de uma das minhas primeiras funcionárias da emissora caxiense, a apresentadora e nutricionista Kamila Souza. De Caxias e Codó, registro a presença ilustre de Fernando Portela, jornalista íntegro, honesto e de uma lealdade ímpar. Talvez por estas qualidades muitas vezes foi esquecido e injustiçado por aqueles a quem tanto ajudou. É uma honra ter sua amizade, Portela.

Mas Caxias é minha terra também de adoção, e ver aqui lideranças políticas, a quem cumprimento na pessoa dos Secretários Alexandre, tricolor de coração rubro-negro, Júnior Martins e Ironaldo Alencar e os honrados vereadores Jeronimo, Léo Barata, Paulo Simão, que me deixam muito honrado com sua presença. Antecipo aqui, Prefeito Léo, com a experiência de 20 anos de embates eleitorais em Caxias, que o povo da nossa princesa vai reelege-lo aprovando sua correta administração e  reafirmando a liderança inquestionável do Deputado Humberto Coutinho que fêz maravilhas na princesinha do nosso coração, como a chama nosso poeta Naum Souza. 

Senhor Presidente, Sras e Sras. Tentarei resumir meu sentimento maranhense, Recorrendo ao Padre Antonio Vieira no seu inspirado Sermão de Santo Antônio aos peixes, quando diz que “Ah moradores do Maranhão, quanto eu vos pudera agora dizer neste caso! Abri, abri estas entranhas; vede, vede este coração. Mas ah sim, que me não lembrava! Eu não vos prego a vós, prego aos peixes”, os peixes arrastadas nas redes dos pecadores de Ribamar e Panaquatira. E do encantador por do sol Da Ponta da areia, olho d'água e do Araçagi, porque mesmo estando na Raposa, Eu sempre vou ouvir A natureza me falando que o amor nasceu aqui. E todas as vezes que ouço estes versos do poeta César Nascimento me emociono porque jamais nos deixam esquecer esta ilha magnética “que tem um horizonte belo, de se refletir, Outro dia me disseram, Que o amor nasceu aqui”.

Ser maranhense Sras. e Srs., diz o meu xará, grande bardo de Imperatriz, Carlinhos Veloz, é se encantar com “o Riacho do cacau a desaguar no Tocantins, Toca essa água, toca essa mágoa  Toca e deságua Tocantins,  E quando é noite enluarada a água toda  Prateada, atrai a meninada ao Tocantins.”  

A literatura maranhense, rica em suas mais variadas vertentes, me encanta e reflete a riqueza racial, étnica, religiosa de nossa gente, assim como as artes folclóricas, plásticas e todas as manifestações populares que esta terra tem de mais expressiva, e que, com o apoio de V. Excia. Sr. Presidente, temos trazido para serem expostas e reverenciadas no saguão de entrada do palácio Manuel Beckman.

Esta literatura, de muitos extraordinários autores, nos remete ao papel de construirmos um estado que, democrático politicamente, tem o dever histórico e irreversível de se tornar democrático socialmente, distribuindo com justiça social os frutos da riqueza que brota das nossas terras, rios, baixios, mares e mangues. Esta tarefa repousa especialmente nos ombros do nosso grande governador, Flávio Dino. Sofro, Senhoras e Senhores, e me angustio com tanta desigualdade social que vejo em nossa terra. Sei do compromisso de Vossas Excelências, para o mais rapidamente possível, transformamos o nosso Maranhão em uma terra muito mais justa e equilibrada socialmente.

E aqui me lembro do período que passei na antiga República Democrática Alemã, onde fui estudar marxismo, área do conhecimento filosófico que muitas vezes o mestre Flávio Farias da faculdade de Economia da UFMA me ajudava a entender. Da terra tedesca,  trouxe a mais profunda compreensão que a sociedade, o ser humano está condenada a viver em democracia. Nenhum sistema autoritário ou ditatorial resiste ao anseio de liberdade de um povo. A liberdade política é o alimento da alma. Faço essa consideração ao lembrar que um ano depois de sair da Alemanha Oriental, caiu o muro de Berlim e em cadeia, em seguida, todas as tiranias que se reivindicavam “socialistas” do leste europeu, numa clara demonstração de que a democracia pode até ser o pior dos regimes, mas ainda não inventaram nada melhor. 

Sou um socialista e como tal um democrata empedernido. Minha crença democrática é um princípio irreversível e nela assento toda minha compreensão da política. Não acredito em política de mão única. De Voz única, nem mando único. Política é conviver e respeitar os contrários, mas sempre executar o desejo da maioria. E a maioria quem define é o povo, gostemos ou não da escolha popular. O povo é o senhor de todas as decisões. Trabalhar na casa do povo, repercutindo diariamente o que fazem os representantes do povo é o mais nobre papel profissional que já desempenhei em toda minha vida. E o faço, sem olhar se o que dizem ou pensam os nobres parlamentares, estão de acordo com o que penso e o que defendo politicamente. O meu dever é amplificar, dar eco ao que pensam e falam os representantes do povo do Maranhão.

Como profissional da comunicação, caros amigos Natanael e Lourival Bogéa, luminares desta atividade em nosso estado, quero registrar meu mais estrito compromisso com a liberdade de informação, condição precípua da construção democrática. Liberdade de informação muitas vezes afrontadas pela prática de achaques, disfarçada em denúncias de interesse público. Conclamo as pessoas de bem, que preservem esse patrimônio extraordinário que é a blogosfera, combatendo os mercantilistas do escândalo ausentes de compromisso fático. A informação é um bem indissociável da liberdade e da democracia, mas tal bem não pode ser vilipendiado com práticas que ferem a ética jornalística de informar com respeito e isenção. Não pode servir de pretextos para interesses vis que muitas vezes afrontam a própria democracia.

Nesta casa, senhoras e senhores, temos uma orientação que é um mantra sagrada determinado pelo nosso presidente: todos os deputados são iguais e merecem o respeito e a dedicação de cada servidor desta casa. Senhoras e Senhores  Deputados, Vossas Excelêcias representam o povo e são os legítimos condutores dos anseios de todos os maranhenses, onde agora, por obra e graça de suas generosidades, acabei me tornando mais um.

Para Concluir Sr. Presidente, gostaria de lembrar a extraordinária Madre Teresa de Calcutá, quando ensinava que você pode até não atender um desejo do seu interlocutor, pode até não corresponder às demandas que te fazem, mas todos nós temos a obrigação de nunca deixar nosso interlocutor sair de um encontro conosco sem um sorriso nos lábios.

Todos sabem que sigo com fervor esse ensinamento da freira iugoslava, na diretoria de comunicação. Na minha antesala, ninguém espera pra falar comigo e tudo faço para que aqueles que me procuram saiam minimamente satisfeitos dos breves ou longos momentos de convivência que tivermos. E é com esta filosofia que me incorporo aos milhões de maranhenses que, independente de suas decepções ou vitórias, têm a alegria nos lábios e a sabedoria de viver feliz. Afinal, como dizia o poeta Gonzaguinha em referência à pureza e honestidade das crianças, é muito bom viver e não ter a vergonha de ser feliz.

Mais uma vez, muito obrigado a todas e todos!"

 

 


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