Os deputados Eduardo Braide (PMN) e César Pires (DEM) cobraram do Governo Federal, da tribuna da Assembleia, na sessão desta segunda-feira (23), a conclusão da obra de duplicação da BR-135, que está ameaçada de paralisação devido ao atraso no pagamento de quatro faturas à empresa responsável. “Parece que o Maranhão é um Estado fadado ao descrédito por parte do Governo Federal”, afirmou César Pires.
César Pires disse que recebeu a notícia de que as máquinas vão ser retiradas da obra de duplicação da BR-135 em uma reunião da qual participou com a secretária das Cidades, Flávia Alexandrina, sobre a construção das casas do Rio Anil, que tinha como meta quase três mil casas e que, até agora, somente 850 estão conclusas. “Todos os projetos do Governo Federal que vem para o Maranhão e são dois gigantes, uma duplicação e outro o Rio Anil, estão fadados a desaparecerem”, revelou.
Eduardo Braide mencionou a iniciativa do coordenador da bancada federal do Maranhão, no Congresso Nacional, o deputado Pedro Fernandes (PTB), no sentido de que os parlamentares maranhenses votem contrário à aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU), como um recado de protesto ao Governo Federal pela situação em que se encontra a obra de duplicação da BR-135. “Gostaria de louvar essa iniciativa da bancada federal”, assinalou.
“Temos que tomar uma posição e fazer diferente daqui pra frente porque até onde foi feito não vem dando certo. Temos um plano A, que é a pressão da bancada federal, a pressão dos deputados estaduais, a pressão da classe empresarial do Maranhão, para que o Governo Federal possa colocar em dia o pagamento da empresa, numa audiência, junto ao ministro dos Transportes”, defendeu Eduardo Braide.
Braide questionou o porquê de o Estado do Maranhão receber esse tratamento por parte do Governo Federal. “A duplicação do primeiro trecho da BR-135 é uma das 15 obras priorizadas em nível nacional. Imagine se não fosse! Se do jeito ela está priorizada está nessa situação, paralisando as obras, imagine se fosse!”, observou.
De acordo com Eduardo Braide, não dando certo o plano A, deve-se colocar em prática o Plano B, que é chamar o Exército para encampar a obra. “O Exército já fez várias duplicações de estradas, já construiu aeroportos, participa das obras de transposição do Rio São Francisco. Tenho certeza de que, num curo espaço de tempo, essa obra será entregue ao povo do Maranhão”, assinalou.