“São Luís está suja e abandonada”, desabafa deputado Wellington ao solicitar a retomada do serviço da limpeza pública

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Assecom/ Dep. Wellington do Curso
09/12/2015 22h40

Durante pronunciamento na manhã desta quarta-feira (9), o deputado estadual Wellington do Curso (PPS) solicitou à Prefeitura de São Luís que os serviços de limpeza pública fossem retomados na capital maranhense. A solicitação remete ao apelo que o parlamentar fez, na noite da última terça-feira (8), através das redes sociais, ao passar pela Avenida Kennedy e deparar-se com o acúmulo de lixo no local.

Quanto à solicitação, inúmeros cidadãos interagiram através das redes sociais denunciando que os “lixões itinerantes” não estão apenas na Avenida Kennedy, mas em toda a capital maranhense, além de impossibilitarem o combate ao mosquito Aedes Aegypti (transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus), o que, segundo ele, acaba por expor a sociedade a risco.

“Ante tal solicitação, inúmeros cidadãos interagiram e denunciaram que, na realidade, o acúmulo de lixo não é exclusividade da Avenida Kennedy, mas sim de toda a capital maranhense, estendendo-se aos bairros Cohatrac, Cidade Operária, Coroadinho, Liberdade, dentre outros. Apesar de ser Patrimônio Histórico, São Luís está suja e abandonada. Como se tal fato por si só não fosse suficiente, ainda temos o descaso para com a saúde pública, já que com os ‘lixões itinerantes’, o combate ao mosquito Aedes Aegypti está ameaçado, tendo em vista que o lixo espalhado pela cidade serve de criadouro para o mosquito", disse.

Wellington declarou que "enquanto o Ministério da Saúde alerta para a necessidade da limpeza urbana como forma de prevenção e combate aos casos de microcefalia, nossa capital permanece sem, sequer, recolher o lixo diário da população. Infelizmente, São Luís está na contramão do ideal quanto à prevenção, já que sequer o Centro de Controle de Zoonoses da capital funciona, o que evidencia o descumprimento de direitos fundamentais de todo cidadão”, afirmou.

ENTENDA A RELAÇÃO ENTRE O ACÚMULO DE LIXO E CASOS DE MICROCEFALIA

De acordo com o Departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, a limpeza urbana é fundamental quando se almeja ao combate aos casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti (dengue, febre chikungunya e zika vírus). Atrelada à esta última doença, há os casos de microcefalia (má-formação do cérebro), o que já fez, inclusive, o estado brasileiro declarar situação de emergência na saúde pública.

O Ministério da Saúde informa que a confirmação da relação entre  zika vírus e  microcefalia mostra que as medidas de prevenção devem ser reforçadas, o que evidencia a necessidade de se afastar os chamados ‘lixões itinerantes’ e, por conseguinte, o acúmulo de lixo, já que o lixo espalhado pela cidade serve de criadouro para o mosquito Aedes aegypti.

No Maranhão, em específico, mais de 35 casos de microcefalia já foram notificados, realidade preocupante, já que sequer o Centro de Controle de Zoonoses da capital maranhense está funcionando. Enquanto isso, a Prefeitura de São Luís parece ignorar as indicações do Ministério da Saúde e, ao invés de fomentar ações de prevenção, simplesmente paralisa a limpeza urbana na capital.


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