César Pires conclui que exportação do boi vivo é viável e trará benefícios para o Estado

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Marcelo Vieira/ Agência Assembleia
04/03/2016 12h08 - Atualizado em 07/03/2016 18h23

A Assembleia Legislativa, Governo do Estado, pecuaristas e exportadores discutiram nesta quinta-feira (3), em Audiência Pública realizada no plenarinho, a exportação do boi vivo e o futuro da pecuária maranhense. O debate foi promovido a pedido da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão e que teve o deputado César Pires como autor do requerimento de audiência.

O Maranhão surgiu como opção para exportação do boi vivo, também chamado de “boi em pé”, depois da tragédia ocorrida em outubro de 2015, quando um navio que transportava carga de cinco mil bois vivos afundou em Vila do Conde, em Barcarena no Pará.

O assunto, antes nem cogitado pelo Porto do Itaqui, foi tratado na Assembleia no final de outubro, durante encontro de técnicos da EMAP com o presidente Humberto Coutinho.

O tema gerou controvérsia dentro do parlamento e alguns deputados são contrários a exportação do boi vivo pelo Porto do Itaqui. Segundo eles, a nova atividade não gera emprego e teria custo benefício pequeno para o estado. Além de que faltaria carne e o se perderia valor agregado. Outro ponto questionado é o risco de acidente como o que aconteceu no Pará, o que comprometeria toda a operação do Porto.

Os representantes do governo, que são favoráveis em inserir o Maranhão nesse novo nicho de mercado, derrubaram os argumentos contrários a exportação do boi vivo. Prova disso é que entre o final de novembro de 2015 e início de janeiro de 2016 o Porto do Itaqui realizou três embarques de bois vivos, totalizando 16.588 cabeças de gado, carga oriunda de rebanhos do Pará com destino ao mercado internacional.

Para atender a demanda do Pará e realizar a operação, a equipe técnica da Emap providenciou a certificação do Porto do Itaqui para embarque de gado vivo e elaborou um Procedimento Operacional Padrão para Embarque de Carga Viva, com atenção à segurança e à eficiência logística.

DEBATE

O presidente da Emap, Ted Lago, afirmou que a demanda é muito grande e ao mesmo tempo há a necessidade de organização da cadeia produtiva do estado para viabilizar a exportação de carga viva pelo porto do Maranhão. “O Porto do Itaqui está preparado. O que precisamos é de um planejamento – com uma programação de médio e longo prazo – para incluir esse tipo de carga na programação do porto. E desse modo o Porto abrirá mais uma oportunidade de geração de emprego e renda para o estado”, disse.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Bovinos e Bubalinos, Adriano Caruso, a exportação de bois vivos é uma demanda internacional. “É uma questão de abertura de mercado, de necessidade de mercado. É uma oportunidade para o produtor rural porque abre novas oportunidades de oferta e de venda, além de investimentos em diversos setores, como a melhoria genética e uma série de setores que podem ser beneficiados”, explicou.

Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Márcio Honaiser, o Estado tem condições de exportar animais vivos e carne processada, de forma equilibrada com o abastecimento interno. “A carne processada agrega valor e gera emprego e renda, mas há, também, um nicho de mercado para o boi vivo. O Maranhão hoje está criando mais essa oportunidade aos nossos criadores, que deve ser trabalhada com segurança e planejamento. Temos 7,8 milhões de cabeças de gado e é possível um equilíbrio entre consumo interno e exportação para outros estados e países”, ressaltou. 

Após os dados e os argumentos apresentados na audiência, o deputado César Pires saiu convencido de que a exportação do boi vivo é viável e trará benefícios para o Estado. “ Ficou claro aqui nesta audiência que o Maranhão reúne as condições para a exportação do boi vivo. O Porto do Itaqui já demostrou que pode realizar com segurança esse tipo de operação. O secretário de Agricultura deu o seu aval comprovando que a exportação irá agregar valor de emprego, renda o que aumentará a possibilidade de melhorar a produção e a produtividade do setor pecuário. Portanto, nós temos toda infraestrutura capaz de realizar essa operação e o Maranhão só tem de ganhar”, finalizou César Pires.  


A Assembleia Legislativa, Governo do Estado, pecuaristas e exportadores discutiram nesta quinta-feira (3), em Audiência Pública realizada no plenarinho, a exportação do boi vivo e o futuro da pecuária maranhense. O debate foi promovido a pedido da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Maranhão e que teve o deputado César Pires como autor do requerimento de audiência.

O Maranhão surgiu como opção para exportação do boi vivo, também chamado de “boi em pé”, depois da tragédia ocorrida em outubro de 2015, quando um navio que transportava carga de cinco mil bois vivos afundou em Vila do Conde, em Barcarena no Pará.

O assunto, antes nem cogitado pelo Porto do Itaqui, foi tratado na Assembleia no final de outubro, durante encontro de técnicos da EMAP com o presidente Humberto Coutinho.

O tema gerou controvérsia dentro do parlamento e alguns deputados são contrários a exportação do boi vivo pelo Porto do Itaqui. Segundo eles, a nova atividade não gera emprego e teria custo benefício pequeno para o estado. Além de que faltaria carne e o se perderia valor agregado. Outro ponto questionado é o risco de acidente como o que aconteceu no Pará, o que comprometeria toda a operação do Porto.

Os representantes do governo, que são favoráveis em inserir o Maranhão nesse novo nicho de mercado, derrubaram os argumentos contrários a exportação do boi vivo. Prova disso é que entre o final de novembro de 2015 e início de janeiro de 2016 o Porto do Itaqui realizou três embarques de bois vivos, totalizando 16.588 cabeças de gado, carga oriunda de rebanhos do Pará com destino ao mercado internacional.

Para atender a demanda do Pará e realizar a operação, a equipe técnica da Emap providenciou a certificação do Porto do Itaqui para embarque de gado vivo e elaborou um Procedimento Operacional Padrão para Embarque de Carga Viva, com atenção à segurança e à eficiência logística.

DEBATE

O presidente da Emap, Ted Lago, afirmou que a demanda é muito grande e ao mesmo tempo há a necessidade de organização da cadeia produtiva do estado para viabilizar a exportação de carga viva pelo porto do Maranhão. “O Porto do Itaqui está preparado. O que precisamos é de um planejamento – com uma programação de médio e longo prazo – para incluir esse tipo de carga na programação do porto. E desse modo o Porto abrirá mais uma oportunidade de geração de emprego e renda para o estado”, disse.

Para o presidente da Associação Brasileira dos Exportadores de Bovinos e Bubalinos, Adriano Caruso, a exportação de bois vivos é uma demanda internacional. “É uma questão de abertura de mercado, de necessidade de mercado. É uma oportunidade para o produtor rural porque abre novas oportunidades de oferta e de venda, além de investimentos em diversos setores, como a melhoria genética e uma série de setores que podem ser beneficiados”, explicou.

Para o secretário de Agricultura, Pecuária e Pesca, Márcio Honaiser, o Estado tem condições de exportar animais vivos e carne processada, de forma equilibrada com o abastecimento interno. “A carne processada agrega valor e gera emprego e renda, mas há, também, um nicho de mercado para o boi vivo. O Maranhão hoje está criando mais essa oportunidade aos nossos criadores, que deve ser trabalhada com segurança e planejamento. Temos 7,8 milhões de cabeças de gado e é possível um equilíbrio entre consumo interno e exportação para outros estados e países”, ressaltou. 

Após os dados e os argumentos apresentados na audiência, o deputado César Pires saiu convencido de que a exportação do boi vivo é viável e trará benefícios para o Estado. “ Ficou claro aqui nesta audiência que o Maranhão reúne as condições para a exportação do boi vivo. O Porto do Itaqui já demostrou que pode realizar com segurança esse tipo de operação. O secretário de Agricultura deu o seu aval comprovando que a exportação irá agregar valor de emprego, renda o que aumentará a possibilidade de melhorar a produção e a produtividade do setor pecuário. Portanto, nós temos toda infraestrutura capaz de realizar essa operação e o Maranhão só tem de ganhar”, finalizou César Pires.  


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