Buscando reforçar o ingresso de estudantes oriundos da rede maranhense de educação nos principais cursos oferecidos pela Universidade Federal do Maranhão, desde o início de seu mandato, o deputado estadual Professor Marco Aurélio (PCdoB), tem iniciado uma discussão com a reitoria da instituição para que seja concedida uma bonificação na nota final dos maranhenses.
O diálogo teve início no ano passado, com o então reitor Natalino Salgado, que se mostrou favorável à implantação e deu início aos estudos de sua viabilidade. O deputado Marco Aurélio deu continuação à luta com a atual reitora, Nair Portela, onde já tiveram várias reuniões que mobilizaram uma série de estudos jurídicos para que a bonificação fosse implantada.
Na última semana, Marco Aurélio esteve mais uma vez com a reitora Nair Portela para acompanhar o andamento do processo e se disse feliz com o progresso. “A cada audiência o desafio vai se tornando mais concreto. A Reitora e sua equipe estão firmes com a ideia e em estado bem avançado de estudo para implementá-la. Nos próximos dias irá levá-la à discussão no conselho. Precisamos ter mais Maranhenses na Universidade Federal do Maranhão e o ENEM permite o sistema de bonificação como forma de política afirmativa”, reafirmou Marco Aurélio.
Marco Aurélio usa como exemplos bem-sucedidos deste sistema as Universidades Federais do Pará e de Pernambuco. “A ideia é que a exemplo do que acontece em algumas universidades federais, como a Universidade Federal do Pará e a Universidade Federal de Pernambuco, seja adotado o sistema de bonificação para alunos que cursaram todo o ensino médio em escolas do nosso estado. Pelo sistema, estes alunos teriam uma bonificação de 20% em sua nota final do Enem, aumentando a probabilidade de ingresso. Estou confiante que dará certo essa conquista para os Maranhenses”, frisou o parlamentar.
O deputado argumenta que o sistema unificado de seleção trouxe essa situação onde, sobretudo no curso de medicina os estudantes são de outras regiões do país e que muitos transferem o curso na primeira oportunidade e mesmo quando concluem o curso, grande parte retorna à sua região de origem, portanto, não mudando a realidade da localidade em que o curso está instalado.
“Uma vez implantado o sistema de bonificação, estaríamos dando prioridade para os alunos da região, aumentando as chances da permanência dessa mão de obra, principalmente para os alunos dos cursos de medicina, uma das principais carências do nosso estado”, destacou.